quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Culto dos Jovens - Dezembro

Olá irmãos e irmãs!


Graça e paz!


O último culto dos jovens da Segunda Igreja Presbiteriana neste ano será no próximo domingo, dia 20, às 10h15.

O tema é "Perdão" e o pregador convidado é o Pastor Márcio Moreira.


Venha celebrar conosco e agradecer as bençãos concedidas em 2009!


segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A arte de esperar


Por Caroline Kerbidi

Esperança
A arte de esperar
Esperar um amor que está distante,
Um bom presente numa data importante,
Esperar um carinho cedo de manhã,
Por um beijo roubado num primeiro encontro,
Esperar por uma nota boa na escola,
Um aumento de salário,
Esperar as tão merecidas férias,
Esperar por uma bebida quente num dia frio,
Por uma ligação de alguém que temos saudades,
Na nossa vida imperfeita,
Cheias de altos e baixos que a rotina nos oferece
Deus nos presenteou com um amanhã incerto
Uma folha de papel em branco
Cheia de oportunidades
E isso nos permite esperar
Esperar que o melhor que Deus reservou pra nós ainda está por vir
E que poderemos desenhar a felicidade nessa folha branca
Felicidade que vem das coisas mais simples do dia a dia
Felicidade que se traduz
Através de um amor mais puro e verdadeiro de um Pai
Um pai que sacrificou a vida de seu filho unigênito
Para que aprendamos a ser pacientes
Para que tenhamos esperança
A arte de esperar por um amanhã melhor

terça-feira, 24 de novembro de 2009

TU ÉS A VIDA!



Por Hênio Santos de Almeida
Teólogo e aspirante a pastor

A maior parte das pessoas que me solicitam ajuda desconhece que seu verdadeiro problema consiste, basicamente, em que aprenderam a “desviver”. É incrível como passamos pelo tempo sem desfrutar nossa realidade, culpando aos demais pelas nossas amarguras e derrotas, atribuindo-nos todos os méritos do êxito que tanto aprendemos a desejar, e a sentir que não merecemos ser felizes. Outros soluçam todo o tempo, discutem eternamente, vão criando montanhas de problemas, ou, simplesmente, cometem a fatuidade de crer que a meta é fazer o que lhes “der na telha”. Enfim, ao longo de sua história o ser humano aprendeu emocionalmente a carregar com os erros alheios, as culpas alheias, os medos alheios, e, por sua vez, a transmitir aos que nos rodeiam as mesmas culpas, os mesmo medos que nos aterraram e paralisaram.
Sem nos darmos conta, por suposto, praticamente, desde o início aprendemos a sermos espectadores de nossa própria vida a qual contemplamos como algo fora e independente de nós. Esta é então a primeira contradição com a qual nos presenteamos de geração em geração: confundir a realidade com nossa própria, única e irrepetível vida.

Se você não concorda, trate de definir com alguém, inclusive com você mesmo, “o que é a vida”. Mas não se assuste quando de maneira jubilosa ou dessaborosa, como se fosse algo que pertence ao mundo externo. A vida é: “...um desastre”; “...um milagre”; “...uma felicidade”; “...uma desgraça”; “...um mistério”; “...um combate”; “...um lixo”, etc.

As respostas acima dão a impressão que eu estou aqui e a vida está lá, totalmente fora de mim, e que ela é, por sua vez, a responsável por tudo o que me acontece. Na realidade, se a vida é tudo o que existe fora e independente de mim, devo me perguntar: “onde fui parar?”. Simplesmente começamos a levantar um muro que não apenas nos isola, senão que também nos esmaga!
Então, a vida... O quê é?

Sim! Como diria Rousseau: “Sai de tua infância, amigo, desperta!”. E a esse despertar ao qual conclamo você, é que compreenda que A VIDA É VOCÊ! Sim, você mesmo que lê estas palavras! A vida é você com todas as inesgotáveis possibilidades de criar, amar e crescer que brindam as infinitas interações entre a realidade e sua vida.

Quando você sabe que você é a vida, não tenta levantar paredes que lhe escondem ou falsamente lhe protegem da realidade, pois percebe que realmente está fugindo de você mesmo. Quando aprende que você é a vida, se fazem inecessárias as corridas que desesperadamente empreende contra o relógio para alcançar o êxito, como a via de ser aceito porque conseguiu ser alguém. Ao se dar conta de que você é a vida, chega à sua essência de que realmente você vale pelo que é e não pelo que tem. Quando vivencia de todo o coração que a vida é você, o passado deixa de ser o fantasma que condiciona e agonia seu futuro.

Quando desfrutar de você como a vida desaparecerá seu medo da aproximação e da intimidade com outros, não terá do que esconder-se, sua transparência terminará com a ansiedade, que é a linguagem de seu corpo que não consegue silenciar.

Quando você reconhecer-se como a vida será capaz de se dar conta de que pode decidir diante de sua liberdade livremente, que esta é (e você a assume) como via de transformá-la e transformar-se para desenvolver-se como ser humano onde se encerra o amor de Deus.

Quando for plena a convicção de que você é a vida, a culpa não lhe afogará por sentir-se imperfeito, poderá entender e sentir que pode equivocar-se.

O paraíso e o inferno estão em você. O ser humano veio para desfrutar de sua existência nesta Terra, tem o direito de amar-se, de viver em paz, de criar e contribuir ao desenvolvimento da própria existência humana.

Ao conhecer o verdadeiro significado do que você é, poderá então perguntar-se: O que sou de verdade?

A tendência é responder: sou advogada, professora, motorista asmático, empresário, gay, um gatão. Sem dar-se conta, você intercambeia suas atividades laborais, seus diagnósticos médicos ou simplesmente sua orientação sexual com quem você é.

Na realidade você mesmo não se conhece interiormente, porém sim externamente vivencia o reflexo em seu espelho: domina sua forma mais não seu conteúdo. Proponho-lhe descobrir-se para:

1º. Fazer as pazes contigo mesmo. Assumir a realidade. Decidir livremente seu caminho. Ser o dono de sua auto-estima e controle. Transformar-se para transformar.

2º. Aprender a conhecer-se e conhecer aos demais. Assumir a diferença. Melhorar a comunicação e as relações interpessoais.

3º. Desfrutar sua vida. Investir menos tempo em renegar e criticar. Dedicar seu tempo a construir e amar. Encontrar um maior número de alternativas e soluções.

Assim procedendo existirão então infinitas motivações para ajudar aos demais.

“[...] Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.”
(Evangelho segundo João: 10,10b)
Pastoral do mês de novembro

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Culto dos Jovens - Novembro


Olá irmãos!
Graça e paz!
Todos estão convidados para o culto do jovens deste mês que será no próximo domingo, dia 22, às 10h15.
O tema é "Esperança" e o pregador convidado é o presbítero Alexandre Fernandes.
Venha participar conosco desse momento tão especial!

sábado, 24 de outubro de 2009

Segunda Igreja Presbiteriana prepara-se para eleição de novo pastor titular


A Segunda Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte poderá eleger no próximo dia 15 de novembro o pastor titular para o triênio de 2010 a 2012. O processo democrático terá chapa única. Mesmo assim é fundamental que o candidato tenha pelo menos 60% dos votos para ser eleito, pois dessa forma estará manifestado o interesse da comunidade em constituir, juntamente com o novo pastor, a Igreja. Neste domingo, 25 de outubro, a escola dominical e a pregação do culto serão realizadas pelo candidato, Reverendo Sandro Amadeu Cerveira, para apresentar suas ideias à comunidade. Portanto, a ocasião conferirá aos membros da Segunda Igreja uma oportunidade para que conheçam melhor a trajetória do candidato e tenham informações sobre seus projetos para a vida comunitária. É com a mesma finalidade que o grupo de jovens, do qual o reverendo Sandro é o professor da classe da Escola Dominical, preparou esta entrevista.

Formado pelo Instituto Bíblico Maranata (interior do Paraná) e ordenado pastor em 1990, Sandro Amadeu Cerveira, 40 anos, nasceu na cidade de São Sebastião do Caí, no Rio Grande do Sul. Ele é casado com Rosimeire Bragança Cerveira e é pai do Samuel, da Jéssica e do João Luis. Professor universitário, com cursos de graduação em Teologia e História, mestrado em Ciência Política (UFMG) e no momento encontra-se na fase final do seu doutorado em Ciência Política pela UFMG, após fazer uma estância de investigação Universidade de Salamanca – Espanha. A história desse gaúcho com as Minas Gerais começou quando ele veio para Belo Horizonte fazer um estágio, requisito fundamental para receber o diploma em teologia e ser ordenado pastor.

Ao chegar a Minas, Sandro morou na cidade de Santa Luzia, Região Metropolitana de Belo Horizonte, no bairro Cristina, onde cooperava com a primeira igreja batista do local. Depois, junto com mais três casais de missionários iniciou os trabalhos que deram origem à Igreja Batista Boas Novas, no bairro Floramar, em Belo Horizonte. Sua trajetória pastoral começa com a fundação dessa igreja, ligada, na época, ao Movimento Batista Regular. Ele e Rosimeire pastorearam a igreja por 12 anos ininterruptos com muitas lutas e lágrimas, mas também com muitas vitórias e alegrias. Quando pediu para ser licenciado do pastorado a comunidade estava consolidada com uma membresia atuante, templo próprio e uma escola de educação infantil funcionando durante a semana. Nesse tempo, ele também colaborou na criação da associação de igrejas da denominação a que estavam ligados.

Nascido e criado no Rio Grande do Sul, onde sua família ainda reside, assim como Luiz Fernando Veríssimo, ele não sabe montar a cavalo nem nunca usou bombachas, mas sabe preparar chimarrão e é colorado desde pequenino. Ele afirma que desde que chegou foi bem acolhido pelos mineiros e de fato já viveu mais em Minas do que em qualquer outro lugar, mesmo na própria terra natal.

Jovens: Como conheceu a Segunda Igreja?
Sandro: Essa é uma parte importante de minha vida, pois a Segunda Igreja representou de fato uma “segunda chance” quando passava por um momento de ruptura em minha trajetória. A igreja que eu pastoreava era ligada por laços históricos e fraternos ao Movimento Batista Regular. Este movimento tem no fundamentalismo uma das suas marcas identitárias distintivas; enquanto comunguei com esta maneira de ler as Escrituras e o mundo mantive-me leal ideológica e institucionalmente falando. Ao final de um longo período de reflexão e revisão, encontrei-me convicto de que não só deveria licenciar-me do pastorado, mas também era o momento de me afastar do movimento ao qual estivera ligado desde minha juventude. Quando me pergunto o porquê desta ruptura gosto de pensar que foi exatamente por levar a sério o que aprendi sobre a importância de uma leitura intelectualmente honesta e contextualizada da Bíblia que acabei percebendo as incongruências de qualquer fundamentalismo. Saí em paz com meus irmãos e meus colegas. Iniciou-se então um tempo de deserto. Durante quase um ano, não tive desejo de freqüentar qualquer igreja; as poucas tentativas que fiz, pensando nas crianças, apenas confirmavam minha convicção de que todas as igrejas evangélicas haviam reduzido as boas novas do evangelho a um amontoado de regrinhas e moralismos. Foi aí que me lembrei de um senhor que havia conhecido num encontro do MEP (Movimento Evangélico Progressista). Estive nesse encontro como pesquisador bolsista do Programa de História Oral da FAFICH/UFMG e ali conheci muita gente interessante. Este senhor, que se tornou um querido amigo, havia também me convidado para assistir a um encontro em sua igreja, “O Papo na Segunda”. Resolvi tentar mais uma vez e encontrei na Segunda Igreja minha caverna de Adulão. Durante um bom tempo, creio que mais de um ano, assentei-me e ouvi, fui acolhido, cuidado e fiz grandes amigos; sobretudo descobri que era possível uma igreja onde as pessoas podiam ser elas mesmas vivendo uma espiritualidade marcada pela graça de Deus.

Jovens: Sempre soube que queria ser pastor? Ou houve um chamado?
Sandro: Creio que o chamado veio muito cedo em minha vida espiritual. A experiência junto à “mocidade” da minha igreja foi fundamental para perceber as habilidades e o desejo de caminhar junto e ajudar outros irmãos na fé. Quando eu tinha 15 anos de idade e apenas uns dois anos de igreja evangélica, nosso pastor ofereceu um curso de “homilética” (disciplina que ensina a arte da pregação) e eu me matriculei apesar dele achar que fosse um tanto cedo. Com 18 anos, ao invés de ir para a faculdade (minha faculdade de história teria de esperar ainda 8 anos), eu fui para o Instituto Bíblico com a convicção de que Deus me chamara para o santo ministério. Mais tarde, percebi que me precipitara e trocara a ordem das coisas, mas os caminhos do Senhor não são necessariamente lineares e cartesianos e hoje tenho convicção de que o chamado a qualquer ministério faz parte daquilo que somos. Não precisamos ver uma “sarça ardendo” para saber que Deus nos capacitou para algum ministério, precisamos nos conhecer e o que precisa arder é a paixão por servir ao corpo de Cristo com as ferramentas com as quais Senhor nos capacitou.

Jovens: Sempre trabalhou com os jovens na Segunda Igreja?
Sandro: Como muitos sabem, no início fiquei no banco e isso foi muito importante. Foi um tempo de cura e de recuperação. Depois, lecionei na “Casa de Lázaro” uma classe deliciosa e inquietante. Quando o Rev. Mauro renunciou, participei, junto com Rev. Márcio e Éser, do Colegiado de pastores que serviu a igreja até a chegada do Rev. Jeremias. Foi no período deste colegiado que fui convidado pelos jovens e pela superintendente da Escola Dominical de então, Presb. Alzira, para assumir a classe dos jovens. O seminarista Murilo foi companheiro de mais de um ano e depois conduziu sozinho a classe durante o tempo que passei na Espanha em virtude do meu doutorado.

Jovens: Você ficou três anos orando para apresentar seu nome como candidato a pastor da Segunda Igreja, como foi esse processo?
Sandro:
Quando o período do colegiado de pastores terminou, eu entendi, por uma série de razões, que não deveria me candidatar ao pastorado titular da igreja. Sinceramente meu desejo “humano” era continuar quietinho cooperando dentro do possível, mas me senti profundamente e cada vez mais incomodado todas as vezes que refletia sobre isso. Orei aqui e longe daqui e finalmente tive paz para submeter meu nome à comunidade. Entendi que esse é o “kairós” (tempo oportuno) de Deus.

Jovens: Tem algum planejamento para possibilitar maior integração do presbitério Erasmo Braga?
Sandro:
Creio que devemos apoiar e cooperar o máximo possível nos esforços que vem sendo promovidos pelo Rev. Isaque neste sentido de integrar as igrejas associadas. As igrejas do PEB tem uma bonita história, mas temos mesmo essa dificuldade de integração, entre outras coisas pela própria distância geográfica, pois temos igrejas de Belo Horizonte até Ananindeua no Pará. Integrar o PEB pode ser uma excelente maneira de fortalecer não só as pequenas igrejas, mas também de criar possibilidade de abrir novos trabalhos.

Jovens: Quais são os seus projetos para a Segunda Igreja?
Sandro:
Essa é uma pergunta difícil, pois para ser específico gastaria muito tempo. Tenho uma série de ideias pululando na minha cabeça sobre o que podemos fazer a partir da nossa igreja, mas prefiro falar em termos mais gerais.

Em primeiro lugar, acredito que uma igreja só avança e cresce de forma sadia na medida em que cada parte (membros e ministérios) estiver devidamente integrada e atuante. Essa experiência não é desconhecida para nós, pois uma igreja não atravessa cinco décadas sem que seus membros estejam comprometidos. Temos uma série de ministérios funcionando muito bem e creio que devemos conhecê-los melhor, valorizar além de divulgar esses trabalhos. Muitas vezes, nosso olhar foca naquilo que não temos ou não fazemos, mas isso é tão fácil quanto desanimador. Sempre haverá faltas e lacunas; creio, porém, que precisamos focar no que está funcionando e além de dar o devido valor aprender com nossos próprios exemplos de sucesso.

Em segundo lugar, precisamos consolidar, investir e integrar esses ministérios de forma a potencializar seus esforços e resultados. Comentei por ocasião do encontro com o Conselho sobre a necessidade, por exemplo, de termos alguma forma de reunir todas as lideranças dos diferentes ministérios da igreja para pensarmos e planejarmos juntos ouvindo as diferentes vozes da comunidade.

Também acho que é importante criar novas estratégias e abrir novas portas para o trabalho de evangelização. Como disse, tenho algumas idéias, mas creio que existem muitas coisas novas que podemos fazer e que para tal só precisamos dar o primeiro passo.

Sobretudo, meu desejo é trabalhar de forma integrada com todas as lideranças da igreja, pois creio sinceramente que as ideias que dão certo são aquelas concebidas e encampadas coletivamente. Alguém já disse que quando caminhamos juntos podemos até ir mais devagar (é muito trabalhoso e difícil trabalhar em equipe), mas com certeza iremos mais longe e os resultados serão mais duradouros. Todos os membros da igreja são convocados pelo chamado do Senhor a descobrir e investir seus dons espirituais e “naturais” na obra de Deus.

Jovens: Quais ações para dar mais visibilidade à Segunda Igreja?
Sandro:
Esse é um tema importante que precisa ser discutido cuidadosamente. Penso que antes de tentar qualquer novidade, sobretudo, vindas de modelos pré-fabricados, precisamos como disse anteriormente, conhecer melhor e valorizar aquilo que nós já temos. Acredito sinceramente que muitas pessoas em BH gostariam de assistir a uma boa cantata de natal, a um culto animado por jovens dedicados, ouvir um grupo de música evangélica com tempero brasileiro, apoiar um centro que oferece atendimento psicológico gratuitamente, entre tantas coisas que já fazemos. O que precisamos é encontrar maneiras de falar com essas pessoas. Penso que devemos manter as estratégias que têm se mostrado bem sucedidas, como o trabalho individual dos membros de convidar amigos e parentes para trabalhos na igreja e também em suas próprias casas. Por outro lado, é importante aproveitar bem as novas tecnologias como a internet e mesmo os meios de comunicação de massa. Temos vários irmãos com dons, talentos e formação nessa área, minha idéia é desafiá-los a pensarmos essa área com ousadia.

Jovens: O que pensa sobre o culto dos jovens? Vai dar continuidade de reservar um domingo por mês aos jovens?
Sandro:
Creio que o “culto dos jovens” foi uma excelente ideia. Os jovens têm participado de forma séria e dedicada mostrando desejo de servir de coração ao Senhor. Acho que está claro pra todos nós que os jovens são capazes de atuar de forma autônoma e simultaneamente harmoniosa com o pastor, o conselho e a igreja de forma geral; isso pra mim é evidência de maturidade dos jovens e da própria comunidade. Não tenho dúvidas de que esta é uma atividade que deve ter continuidade.

Jovens: considera importante o crescimento do número de membros da igreja?
Sandro:
Considero o crescimento numérico da igreja muito importante. Não consigo entender quando uma comunidade despreza ou recusa esforços de evangelização e divulgação. Uma igreja “ensimesmada”, que não consegue vibrar com os anjos quando alguém se aproxima da comunidade cristã é uma igreja adoecida.
Por outro lado, dado os índices “estratosféricos” que algumas denominações apresentam, existe sobre as igrejas e pastores uma pressão no sentido de crescer a qualquer custo. Isto também não é sadio. No altar do crescimento numérico muitas vezes é a identidade da igreja que é sacrificada. Identidade é aquilo que nós somos, mas também aquilo que não somos; se sacrificamos isso para crescer, quando formos “grandes” já não seremos nós mesmos. Crescer mimetizando outros pode nos levar a ser uma cópia caricata e inacabada de alguma mega igreja e eu não consigo ver nisso uma benção.
Quando olho com calma as igrejas que cresceram de forma salutar o que eu vejo é muito trabalho e investimento. Envolvimento apaixonado da liderança e da comunidade aliado a investimentos sólidos e liberais.

Jovens: Quais os principais problemas enfrentados pelas igrejas protestantes hoje em dia?
Sandro:
Antes de falar dos problemas, creio que devo registrar que tenho uma visão otimista do protestantismo no Brasil. Minha visão positiva vem, sobretudo, quando comparo o Brasil com a América Latina e a Europa e mesmo aos EUA.
No Brasil, há expressivo número de pessoas se convertendo a Jesus todos os dias, mudando de vida, estruturando suas famílias e isso é bom. Embora as taxas mais exacerbadas de crescimento estejam entre os grupos chamados de neo-pentecostais, os demais evangélicos têm crescido também e isso não é pouca coisa.
Outro aspecto positivo, é que no Brasil o crescimento evangélico vem sendo acompanhado também de um fortalecimento do pluralismo religioso. O fortalecimento dos evangélicos, ainda que como um efeito não esperado, vem contribuindo para que sejamos um país mais plural e democrático. Isso é positivo na medida em que pluralismo (religioso no caso) sendo reconhecido como legítimo em geral aumenta as chances de ampliar os direitos de todos.

Por outro lado, embora o crescimento tenha muitos aspectos positivos, ele coloca também alguns desafios sérios relacionados à própria identidade protestante. Para os protestantes “históricos” ou de “missão”, como se convencionou chamar as igrejas que aqui chegaram por meio do esforço missionário de igrejas da Europa e dos EUA, como é o caso da Igreja Presbiteriana, parece que o dilema do momento é mesmo o fato de que enquanto os irmãos pentecostais (antigos e novos) crescem de forma acelerada os “históricos” apresentam percentuais bem mais modestos ou mesmo negativos. Alguns se preocupam que não crescendo possam até mesmo desaparecer e é fato de que grupos demasiadamente pequenos terão maiores dificuldades para se manter e agir em qualquer sentido. O que me preocupa é, como disse antes, que essa angústia leve a um esforço de simplesmente “copiar” o que vem sendo feito entre os grupos melhor sucedidos numericamente e venhamos assim a sacrificar elementos importantes de nossa identidade. Nunca me esquecerei do desespero que fiquei quando assisti a um culto ”neo-pentecostal” numa igreja histórica. Sinceramente não creio que esse seja o caminho.

A outra face da moeda é que como vivemos imersos numa mentalidade pragmática tendemos a concluir que não há diferença entre “aquilo que é certo” e “aquilo que dá certo”. Quem é bem sucedido tende a não parar para refletir sobre a legitimidade de seus métodos e pode ser tentado e recusar qualquer crítica ou controle sobre seu comportamento ético sob o pretexto de que está sendo abençoado por Deus logo não há o que discutir.

Há ainda outro efeito perverso do sucesso que quero destacar. Como todos os evangélicos estão indo relativamente bem nunca paramos para pensar sobre a necessidade de nos unirmos. Estive no X Congresso Evangélico Espanhol e fiquei impressionado com capacidade deles de se organizar de forma conjunta; mas lá os evangélicos não passam de 2% da população e a questão então é que ou nos unimos (respeitando as especificidades de cada denominação) ou ficamos ainda mais fracos. Foi bonito ver batistas, presbiterianos, ciganos da igreja Filadélfia, irmãos unidos todos celebrando e agindo em conjunto.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

O Filho do Oleiro



Por Hermann A. Rodrigues

“Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que colocaste em seus devidos lugares, que é o homem para que te lembres dele e o filho do homem para que com ele te importes?
Eu te louvarei porque de um modo tão admirável e maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, eu o sei muito bem. Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e esmeradamente tecido nas profundezas da terra. Os teus olhos viram a minha substância ainda informe e no teu livro foram escritos os dias, sim, todos os dias que foram ordenados para mim, quando ainda não havia nem um deles. Ó Senhor, meu Senhor, quão majestoso é o teu nome em toda a terra!”
Sl 8:3,4,9; 139:14,15,16

Um dia fui pó da terra e o vento revirava minha vida ao seu prazer.
Jogava-me para cima, para os lados, rodopiava-me e eu nada podia fazer.
Fui lançado tempestivamente, por aquele que tentava me consumir, no mais profundo abismo.
Um dia o Oleiro sondava sua casa e percebeu que sua obra, perfeita e laboriosa, não estava completa.
Faltava um vaso!
Então, o Oleiro virou-se e me viu ali; pó da terra lançado à sorte.
Tomou-me e me misturou à água do seu suor.
Virei barro!
Mansamente o Oleiro correu sobre mim suas suaves mãos e me deu forma e, encantado, pôs-me em destaque em sua casa.
Cuidava de mim continuamente.
Um dia eis que caí e me perdi do Oleiro.
Entristecido Ele partiu e fiquei só.
Quebrei-me e já não tinha o Oleiro para me consertar.
O vento cruel tomou-me de volta em seus rodopios.
Agora o vento era mais forte e não carregava o que outrora era pó.
Carregava os pedaços de um vaso muito amado pelo belo Oleiro.
Muito tempo se passou e o vento tornou a jogar-me num profundo abismo.
O Oleiro me procurou, mas não encontrou.
Ele não me via vaso e sim cacos.
Mas Ele não queria cacos...
Sobreveio que num determinado tempo o Filho do Oleiro, cansado de ver a tristeza do Pai por causa de um vaso amado, saiu a me procurar.
O Filho do Oleiro veio, me encontrou e me resgatou do meu fim.
O Filho do Oleiro percebeu que era necessário limpar, polir e colar os cacos, a fim de reconciliar o vaso com o Oleiro.
Era tarefa árdua!
Tão difícil que exigiu a vida do Filho do Oleiro.
O vaso, ainda imperfeito, lastimou-se!
Morrera quem lhe daria vida e lhe devolveria ao Pai.
Mas o vaso estava enganado.
O Filho do Oleiro não estava morto e sim vivo, cheio de glória e majestade!
E o Filho do Oleiro voltou e pegou o vaso. Limpou-me, poliu-me, colou-me os cacos e me fez novo vaso.
Resgatou minha vida.
Encheu-me de bênçãos.
Transbordou-me com a sua graça.
Deu-me vida nova.
Aplainou minhas arestas.
Moldou minha nova forma.
Pintou-me.
Salvou-me da morte.
Reconciliou-me com o Pai, que de tão feliz, pois sempre quisera o vaso lindo que Ele mesmo fizera, deu-me ao Filho, que hoje é Senhor e Salvador da minha vida.

“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé;
e isto não vem de vós, é dom de Deus.”
Ef 2: 4-8
Pastoral do mês de outubro

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Testemunho de vida

Olá irmãos!
Graça e paz!

Este testemunho foi escrito pela prima do nosso irmão Ricardo Bastos. Como foi direcionado para o culto dos jovens, não poderia deixar de postá-lo aqui. O tema de nosso culto culto foi "Graça" e essa família compartilhou conosco como foi abençoada pelo Senhor, após passar por imensas dificuldades.


Em 1995 nos mudamos para Campinas. Meu marido entrou de licença como pastor presbiteriano e iria trabalhar como taxista, a fim de prover o nosso sustento. Nossos filhos eram adolescentes e nós contávamos a idade entre 45 e 50 anos. No bom sentido, íamos começar tudo de novo tendo que arcar com despesas como pagar aluguel, plano de saúde, colégio para os filhos, etc... Não havia mais casa pastoral, bolsas de estudo para os filhos e outros benefícios que recebíamos no ministério pastoral. Era um desafio muito grande. Devido à crise da meia-idade meu marido solicitou licença ao Presbitério pelo prazo de 2 anos, a fim de colocar seu ministério com igrejas à prova. Depois de algum tempo, exercendo o ministério corpo a corpo, no dia-a-dia, com passageiros que adentravam o seu veículo, ele percebeu que o seu verdadeiro ministério era esse: taxista a serviço do Senhor. Hoje, depois de 15 anos de trabalho, ele pode testemunhar que Deus o usou para evitar suicídio, aborto e separação, além de tantos outros dramas que ajudou a contornar, oferecendo o livreto Cada Dia, orando com as pessoas e distribuindo versículos bíblicos escritos em pequenas fichas. Lágrimas, sentimentos de perda, frustração, enfermidades, ansiedade e desespero são alguns dos muitos "passageiros" que entravam no seu táxi todos os dias. Mas o Senhor tem dado a Ele palavras de conforto e esperança no Senhor Jesus para compartilhar com todos.

No entanto, essa foi só uma prévia do que realmente passamos com a nossa vinda para Campinas. Aguardávamos nossa mudança chegar, alojados num apartamento sem móveis e sem nenhum conforto, quando a notícia chegou de que o caminhão que trazia a mudança havia se acidentado e não havia sobrado praticamente nada. Todos os móveis e eletrodomésticos haviam se perdido. O caminhão do filho de um vizinho que contratamos para trazer a mudança (não havia seguro) traria somente alguns poucos bens como roupas, livros e utensílios que não haviam sido destruídos. Meu teclado e violão (pois eu lecionava) vieram em outro caminhão que não se acidentou e os documentos vieram conosco.

Quando recebemos a notícia do acidente e que não teríamos como montar nosso apartamento, um sentimento de gratidão invadiu o nosso coração em vez de revolta e desespero. Sabíamos que Deus estava no controle e havia permitido a perda dos bens materiais e não a perda de nossas vidas. Tínhamos chegado sãos e salvos uma semana antes.

Nosso filho quis se revoltar, mas eu pude dizer-lhe que Deus haveria de nos devolver mais do que havíamos perdido. Estávamos nas Mãos Dele e Ele é fiel e justo. Com trabalho árduo, ajuda da família e acima de tudo a direção do Senhor, pudemos recuperar materialmente, em alguns anos, tudo o que havia sido destruído. Sou grata aos familiares que prontamente nos socorreram e ao Colégio Batista de Campinas (hoje extinto) por ter concedido desconto e negociação nas mensalidades para nossos filhos. Mas, o que realmente nos torna gratos é que nossa vida espiritual e familiar tornou-se mais forte e pudemos continuar colocando em prática o que aprendemos na Palavra desde a nossa infância: "Tudo posso n' Aquele que me fortalece." Filipenses 4:13.

O Senhor fez um carinho especial para mim e para minha filha, pois quando soubemos do acidente, eu disse que a única peça que lamentava ter perdido era uma sopeira de cerâmica, presente oferecido pela minha melhor amiga do tempo de Colégio e minha filha lamentou ter perdido a sua televisãozinha preto e branco, o seu xodó. Qual não foi a nossa surpresa quando constatamos que a sopeira estava intacta e a televisão também. Uma sopeira de inox chegou toda retorcida e a televisão em cores estava entre os objetos destruídos.

Naquele ano, lembro-me que havia em algumas regiões do Brasil, muitos flagelados por causa das enchentes, em situação pior do que a nossa. Nós tínhamos um teto, família que nos ajudava e a certeza de que "não haveria prova maior do que poderíamos suportar e que Deus nos proveria livramento." 1ª Coríntios 10:13. Mas o Inimigo, sagaz e "como leão que ruge, procurando alguém para devorar" 1ª Pedro 5:8, não poderia deixar de nos tentar e colocar em dúvida a nossa fé e confiança no Senhor. Havia dias em que eu caminhava pelo centro da cidade, chorando e orando. Minhas lágrimas se misturavam com a chuva intensa, mas era o que eu podia fazer naqueles momentos de tentação, pois no apartamento havia somente colchonetes, uma mesinha de camping, um fogareiro e poucos utensílios. O que sobrou da mudança ainda não tinha chegado, e como meus filhos estavam na escola e meu marido trabalhando 12 horas por dia, eu me sentia muito só. Caminhar, ver pessoas, chorar e orar foi o conforto que o Senhor providenciou até que as coisas começassem a se resolver.

Hoje, 15 anos após tudo ter acontecido, materialmente e profissionalmente estamos bem. Mas muito melhores por podermos dizer que o Senhor é Deus, fiel e verdadeiro e que "Até aqui nos ajudou o Senhor!" 1º Samuel 7:12. Louvado seja o Seu Eterno Nome! Amém!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Culto dos Jovens - Outubro


Olá irmãos!

Graça e paz!

O próximo culto dos jovens será neste domingo, 18 de outubro, às 10h15. O tema será "Graça" e o pregador responsável nosso irmão Irfêo Vieira de Camargo.

Preparamos um culto especial para fazer a diferença em nossas vidas com a mensagem da graça divina e você é nosso convidado(a) especial!


“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé;
e isto não vem de vós, é dom de Deus.”
Ef 2: 4-8

Antes do culto teremos a escola dominical, às 9h. Estamos estudando o evangelho de Mateus.

Confira o calendário deste mês:

DIA:
04 - Cap. 22 – A parábola do Banquete de Casamento, A questão do imposto, A Ressurreição, o Maior mandamento. Responsável: Sandro
11 - Cap. 23 – Jesus condena a Hipocrisia dos Fariseus e Mestres da lei. Responsável: Alexis
18 - Cap. 24 – O Sinal dos tempos. Responsável: Vitor
25 - Cap. 25 – A parábola das dez virgens e dos talentos. Responsável: Samuel


Como sempre, será um prazer recebê-lo(a) em nossa igreja!

Deus abençoe!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A FÉ MOVE MONTANHAS


Por Ricardo Luiz de Bastos

A fé é algo essencial à vida de um cristão, pois é exatamente por ela que Deus nos guia de acordo com a vontade Dele. Ante a circunstâncias difíceis algumas pessoas afirmam: “Senhor, eu tenho fé, a mesma que me deste; sou seu servo e lhe obedeço; sei que jamais me desamparará”. Já outras, sem esperanças, questionam-se: “O que fiz para que o Senhor desamparasse-me? Não sou temente ao Senhor?”. Porém, Deus responde a todos: “Eis que estou aqui, sempre presente, jamais os abandonareis”. Essa é a promessa Dele. Vamos acreditar nela. Se você tem fé, nada vai abalá-lo. Confie! Acredite! Seja paciente...

Em nossas vidas passamos por várias provações e momentos difíceis, mas jamais devemos desistir dos nossos propósitos, pois assim aprimoramos a fé. Cremos em Deus e mesmo assim teremos problemas? Sim, para que sejamos testemunhas do AMOR DELE. Por isso, convido-os a juntos buscarmos, sempre, de todo o coração, essa dádiva. Deus tudo pode, tudo, tudo, tudo, de acordo com as vontades e propósitos estabelecidos por Ele a cada um de nós. Sem a fé, expressada em orações, não somos capazes de expor nossos problemas ao PAI. Será a oração também fundamental?

Vejamos o que diz uma passagem em Marcos 11:24: “Por isso vos digo que todas as coisas que pedirdes, orando, crede receber, e tê-las-eis”. Através dela Jesus nos ensina que a fé é imprescindível para que possamos andar pelos caminhos justos a Ele. O versículo é claro como a água cristalina: se tivermos fé em Deus, e soubermos esperar com paciência no Senhor, colheremos importantes frutos; caso contrário, as respostas não virão. Assim, a fé é como uma ponte sem fim. Por ela passam certezas e provações com as quais temos a capacidade de lidar, através do apoio que nos é oferecido pelo Pai. Essa ponte nos leva até Deus, e Dele provém tal dádiva.

Ter fé é perseverar, persistir, jamais deixar de crer nas promessas divinas. É caminhar com Deus. É ter um encontro íntimo com o Pai. É ser firme como uma rocha, até nos momentos de atribulações. Ela nos ensina a sermos pacientes e esperançosos. A fé cura e salva vidas. Restaura e revigora, faz-nos chegar ao topo de nosso fervor. Falar de fé é sentir, enxergar, tocar o coração do próximo e, acima de tudo, saber que sem Deus não somos nada. Ter fé é acreditar na superação dos limites, ultrapassar barreiras e vencer, mas vencer sabendo que apenas Deus pode fazer por nós o que nós fizermos por Ele.

A fé não nasce de repente, é preciso buscá-la. Com o tempo ela cresce em nosso íntimo, assim como as árvores que dão bons frutos (quando esses são colhidos para o bem). É forte como o espírito, não se arranca e nem morre. A fé, enfim, pode mover montanhas e elas estão nas mãos de Deus. Isso não é maravilhoso?

Compreendo plenamente os propósitos de Deus. As mesmas mãos poderosas que movem montanhas podem salvar vidas, tirar-nos de tempestades, enchentes e correntezas. Às vezes, quando somos surpreendidos, enganamos a nós mesmos, e aí o inimaginável acontece... Acontece porque não estamos preparados para receber os nossos problemas, porém, Deus nos previne e nos alivia de sofrimentos piores. Nossa fé é posta à prova, para que possamos sentir o quanto Ele nos ama e como Ele nos ampara ante as dificuldades. Por isso precisamos ter fé no Pai. O Pai que ama e zela por nós; que cuida, ergue e edifica a fé. O PAI que protege seus filhos, liberta seu povo, nos tira do lodo e coloca-nos em terra firme.

Deus também nos confere uma segunda chance. Você acredita nessa possibilidade? Eu creio.
Creio que os pequenos se tornam gigantes e os fracos se tornam fortes e corajosos. Creio na fé, na ressurreição, na vida eterna e no que ela representa para Deus e seus servos. Creio porque devemos crer. Ora! Se nós temos um Deus que é Pai, Eterno e Amoroso, jamais devemos desistir de acreditar! O caminho certo é Deus, pois Dele veio Jesus, Seu Filho, Salvador e principalmente o Amigo, Aquele que é sempre bem-vindo em todos os momentos de nossas vidas.

Que juntos possamos sempre seguir os exemplos de fé em nossas vidas. Assim como o Pai concede a fé para seus servos, podemos agir de maneira que a preservemos dentro de nós e confiemos plenamente nos planos de Deus, pois o Senhor é fiel.

Para refletir: Deuteronômio 07:9
“Saberás, pois, que o SENHOR teu Deus, ele é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e guardam os seus mandamentos.”
Pastoral do mês de setembro

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Culto dos Jovens



Olá irmãos!


Graça e paz!


O próximo culto dos jovens da Segunda Igreja será nesse domingo, dia 27 de setembro. O tema escolhido é "Fé" e o pregador convidado é o jornalista Ronaldo Martins. O culto começa sempre às 10h15.


Na Segunda Igreja, os jovens têm espaço para planejar e ministrar o culto uma vez por mês. A presidência do culto, bem como a liturgia, o tema, o louvor, a pastoral, e o pregador ficam por conta da nossa organização. Os cultos são abençoados, escolhemos temas sérios que envolvem nosso cotidiano de jovens cristãos. Somos o futuro da igreja e também o futuro do nosso país, portanto, trabalhamos para que a vontade de Deus seja absoluta em nossas vidas, servindo como exemplo, e o evangelho seja pregado conforme é a nossa missão.


Será um prazer recebê-lo (a) na Segunda Igreja!


Não se esqueça também da Escola Dominical, às 9h.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Escola Dominical - Mês de Setembro

Olá irmãos!

Graça e paz!

Convidamos a todos para participar da nossa escola dominical. Na nossa classe, os próprios jovens ministram as aulas, auxiliados pelo nosso “professor” rev. Sandro Cerveira. A classe começa às 9h todos os domingos. Desde que adotamos esse processo tem sido uma benção e bastante participativo. Estamos estudando o evangelho de Mateus.

Confira o calendário abaixo:

Setembro
Dia 06 - Cap. 18 – Parábola do devedor implacável - Responsável: Raquel Vidal
Dia 13 - Cap. 19 – A questão do Divórcio / O jovem rico. – Responsável: Leonardo Rubens
Dia 20 - Cap. 20 – Parábola dos trabalhadores da vinha. – Responsável: Leandro
Dia 27 - Cap. 21 - Entrada triunfal em Jerusalém / A figueira amaldiçoada a parábola dos lavradores. – Responsável: Lucas Chamon

Será um prazer tê-lo (a) conosco!

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Experimentando o amor no colo do Pai

Por Vanessa Trotta

No momento mais difícil da vida, provei do verdadeiro amor de Deus. No dia 27 de dezembro de 2008, um acidente de carro tirou a vida da minha avó paterna e da minha madrinha. Ao ver minha família envolvida nessa tragédia, a primeira reação que tive foi a de clamar ao Senhor: “Pai, por favor, carregue-me no colo!”. Sentia-me tão desprotegida, tão confusa, sem saber para onde correr, pois um sentimento de profunda tristeza tomava conta de mim. Ao enfrentar tamanha dor, não conseguia entender porque a vida de cada um de nós, membros da família de meu pai, deveria seguir por aquele caminho de sofrimento. Foi quando me lembrei da frase guardada no meu coração: “nada pode nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”. Ele não nos deixa passar por algo que não podemos suportar.
Quando uma criança chora ou se machuca, por extinto a pegamos depressa no colo e começamos a consolá-la, almejando proporcionar a ela a sensação de proteção, como a que foi experimentada no útero materno. Então, a criança se acalma, abraça-nos, e retorna ao chão quando tem a certeza de que está segura. Naquele momento de perda e de imensa insegurança em minha vida, através da fé, pude voltar a ser como uma criança, pois sabia que no mesmo instante Deus me pegaria no colo e não me deixaria caminhar sozinha. Estando ali, sendo consolada no colo do Pai, comecei a interpretar a tristeza como parte da vida, enfrentada com a convicção de que não importa o que aconteça, sempre terei esse abrigo de amor quando precisar. Percebi que meu Pai sabia exatamente como eu me sentia, pois, por um momento, Ele também vivenciou a perda de seu filho amado.
Com o passar do tempo, queria compartilhar com meus pais, irmão, tios e primos o acalento encontrado no colo de Deus. Cheguei a pensar que eles não entenderiam, mas quem não estava entendendo era eu. Eles também haviam encontrado refúgio no Senhor, cada qual a seu modo, e até então eu não compreendia que Deus trata cada filho de forma única, repleto desse amor que de tão intenso chega a ser constrangedor. Só comecei a perceber isso porque via em cada amigo, em cada familiar e em cada irmão a expressão do amor divino figurado por meio de gestos, palavras de consolo, orações, telefonemas, olhos recheados de lágrimas, abraços apertados, coração contrito. Experimentei a aconchegante companhia do Espírito Santo manifestada em irmãos, principalmente nas horas de solidão. Assim, aprendi que o amor de Deus está dentro de cada um de nós, e quando estamos juntos, ele nos completa.
O amor de Deus se faz presente de várias formas em nossas vidas, porém, nas situações mais difíceis, ele transborda, sarando nossas almas. Prová-lo foi como render-me a um estado de graça misturado à dor de contemplar uma imensidão sem poder retribuí-la. A saudade permanecerá sempre e a dor vem sendo estancada no peito; o que nos mantém firmes é a manifestação do amor de Deus, que enviou-nos o seu filho, Jesus Cristo, e com Ele a esperança da vida eterna. Por isso somos constantemente gratos e também responsáveis por transmitir a todos os seus filhos esse amor revelado a nós.
Pastoral do mês de agosto

terça-feira, 25 de agosto de 2009

EVOLUÇÃO DE AMOR


Por Lucas Chamon
Estamos experimentando efetivamente a definição da evolução da humanidade. Todos os dias somos bombardeados com notícias de que um novo celular aqui ou um novo computador ali foram desenvolvidos com novas funções e novos aparatos cuja finalidade é facilitar nossas vidas. E realmente o fazem! Semana passada, foi apresentado ao mundo um robô enfermeiro com sensores em toda sua constituição que o permite desempenhar funções básicas no cuidado de um enfermo, com vistas ao pleno aprimoramento das qualidades. Outro dia vimos um robô que aprende a fazer cálculos. Enfim, são tantas novidades que eu me pergunto frequentemente: quem vai saber ligar a televisão daqui a dez anos?
De fato, aqui reside a ideia principal da capacidade evolutiva do ser humano: se por um lado o homem dispõe de possibilidades ilimitadas de criar conceitos, por outro lado, o próprio homem não se percebe tão acolhedor das novas idéias. No último século, a humanidade observou uma evolução, tanto do ponto de vista científico, quanto ideológico, como jamais havia sido observada. O tempo corre com aceleração exponencial para o mundo em detrimento de nossa capacidade de assimilação. Para se ter uma idéia, os cientistas têm trabalhado com teorias fundamentadas em um universo de onze dimensões, o que nos leva a um nível de abstração que nem eles próprios conseguem estabelecer.
Além disso, todas as evoluções são dadas de maneira sequencial, ou seja, é primordial que os paradigmas sejam derrubados um após o outro, e para isso é necessário que eles sejam percebidos. Os paradigmas, vulgo retrancus evolutae, estão estampados nos nossos questionamentos acerca das coisas, quando nos perguntamos por que isso ou aquilo tem que ser desse ou daquele modo.
Nós, como Igreja de Cristo (grande destruidor de paradigmas, diga-se de passagem), devemos, sobretudo, estar atentos. Primeiramente, devemos aprender a assimilar as boas mudanças que ocorrem em nosso meio. Devemos nos apegar aos velhos conceitos que em nada contribuem para a difusão do nome de Jesus para o mundo, ou que de nenhuma forma expressam a capacidade social da Igreja para com o próximo. Urge no nosso meio uma revolução que sabemos há muito tempo, necessária: uma revolução nos nossos corações convertida na expressão do amor que, mesmo que intimamente sentimos pelo próximo. Calvino iniciou essa revolução ao nos definir como seres unidos por um mesmo corpo em fraterno amor.
Não sejamos coniventes com o estabelecimento do desrespeito à vida. Pelo contrário, sejamos desenvolvedores de idéias como Cristo e revolucionários como o jovem Calvino, os quais se demonstraram durante toda luta inconformados perante as injustiças do mundo e que fizeram dos seus caminhos uma dispersão completa e definitiva do amor de Deus.
Pastoral do mês de julho

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

CONSCIÊNCIA MORAL


Por Hermann A. Rodrigues
Segundo o dicionário Aurélio, consciência é o atributo pelo qual o homem pode conhecer e julgar sua própria realidade, é o seu senso de responsabilidade, que está intimamente atrelado à sua capacidade de estabelecer julgamentos morais dos atos realizados. Moral, por sua vez, consiste no conjunto de regras de conduta ou hábitos julgados válidos, brio.

Percebe-se que o conceito de moral é passível a distorções, uma vez que um bandido pode considerar um hábito válido a conduta do crime. No entanto, a verdade é que não há outro sentido para moral senão o da conduta digna e justa para o bem individual e coletivo, e disso, até o bandido sabe. Assim sendo, consciência moral pode ser definida como senso de responsabilidade digno e justo de um indivíduo.

Para nós, cristãos, é muito claro o grau elevado de senso de responsabilidade digno e justo que Jesus possuía e que isso vinha de Deus, porque, como o próprio Cristo disse várias vezes, Ele fazia o que o Pai o ensinou. Mas, se um Pai ensina as mesmas coisas para os vários filhos, então por que não praticamos a consciência moral de Cristo, uma vez que somos filhos do mesmo Pai? Que consciência moral temos se não lutamos pela paz? Que consciência moral temos se vemos todos os dias nosso próximo sofrer com a fome, com a indiferença, com o abandono e não fazemos nada? Que consciência moral é essa que permite assistirmos calados todo tipo de violência contra nossas crianças? Que consciência moral temos se conhecemos Cristo, somos chamados de cristãos, mas não praticamos Cristo? Que consciência moral é essa que nos permite condutas repreensíveis?

Jovens, está em nossas mãos a habilidade para transformar o mundo. Quando éramos crianças ouvíamos que seríamos o futuro (bom) do país. Hoje, ouvimos e falamos esta mesma frase sobre as crianças de agora, sendo que nada ou muito pouco fizemos neste futuro. No entanto, vimos pessoas extraordinárias lutando e transformando o mundo durante nossa infância; mas, e as crianças de hoje, quais são as suas fontes de inspiração para o amanhã? E porque deixarmos para elas o que é dever nosso hoje? Não estaríamos protelando uma responsabilidade que é nossa!? Sejamos hoje para nossas crianças as pessoas admiráveis que outrora povoaram nossa realidade, pois assim estaremos também praticando nossa consciência moral.

Cristo era arrojado, dinâmico, moderno e valente. Além, é claro, de doce, misericordioso e compassivo. Se somos cristãos devemos assumir tais características. Jesus indignava-se diante das atrocidades de seu tempo e, com responsabilidade, reagia a tais problemas. E nós, não vamos fazer nada, sequer tomar posição frente à balbúrdia política e à barbárie social cotidianas? Ah! Esse é o problema. Tornou-se cotidiano ver crianças serem mortas impiedosamente; ver adolescentes serem vendidos para prostituição por quatro garrafas de cerveja; ver famílias inteiras passando fome debaixo dos viadutos ou em favelas sujas; ver a fé ser comercializada; ver homens, mulheres e crianças se prostituindo para não morrerem de fome; ver filhos espancando e matando os pais e pais fazendo o mesmo com os filhos; ver nossos educadores acuados; ver pessoas honestas serem ridicularizadas por esta virtude; ver estupros e assassinatos e toda sorte de atitudes desumanas.

Estamos nos acostumando com essas tragédias e isso não é bom! Não devemos e nem podemos nos acostumar. Isso não é normal. Conformar com essa loucura é entrar em estado de coma moral profundo. É ir para o lado oposto ao de Cristo. Não podemos nos conformar. Lembremo-nos de Paulo aos Romanos: “Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. (Rm 12:2.)

Como já disse: Cristo era moderno e arrojado. Não há mal em ser moderno, ter mente em renovação, desde que não percamos os valores que vêm do nosso berço: a honestidade, o respeito, a caridade, a solidariedade, o carinho, a verdade, a dignidade, a justiça e o amor. Com a renovação da nossa mente, preservação e prática de nossa consciência moral podemos fazer coisas infinitamente belas e, acreditem, podemos até transformar para o bem este mundo caduco no qual vivemos, mesmo que seja o mundo contido há dois metros de você, mas tudo que estiver nesse raio de alcance poderá conhecer Cristo; a boa, agradável e perfeita vontade de Deus; ser mudado e propagar também a verdade transformadora que é Jesus Cristo.
Pastoral do mês de junho.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A ausência de presentes pode ser o melhor modo de presentear

Por Rachel Vidal

“Essa vida moderna não tem nada de artesanal. Tudo é feito às pressas. Antes, a vida demorava para acontecer. A confecção de um vestido cumpria passos de um ritual. A procura do modelo, a compra do tecido, os aviamentos, a escolha da costureira, a negociação. Depois, a primeira prova, a segunda, e, finalmente, o vestido pronto. Hoje não. Olha na vitrine e leva. Não há espaço para a espera que nos permite ocupar a mente. Os sabores não demoram em nós. O prazer da roupa nova é reduzido drasticamente ao momento da compra e ao primeiro uso. Antes, o prazer de procurar os detalhes. Deleite prolongado trabalhando a alma, tal qual a tesoura o tecido. A costura, os bordados, os reparos. O todo constituído de partes que ensinavam saborear o período das esperas.” (Fábio de Melo; Mulheres de aço e de flores; p. 45)

De modo simples e suave essa poética e riquíssima narrativa descreve mudanças de hábitos fomentadas pelas reconfigurações da vida em sociedade, dadas as mudanças econômicas, políticas e organizacionais da atualidade. Certamente essas alterações trouxeram uma série de ganhos, sobretudo se comparadas à sociedade aristocrática que nos precedeu, na qual apenas uma minoria podia se dar ao luxo de alguns confortos que hoje estão generalizados. Entretanto, é perceptível a mecanização que muitas pessoas têm sofrido e suas rotinas tendem a construir um sistema com bloqueio próprio: trabalho – consumo – trabalho, encurralando-se desejos. Tudo ocorre como se os indivíduos não vislumbrassem nada para dar sentido à vida cotidiana; compram-se signos, o que os produtos representam: felicidade, poder, prestígio, identificação com ídolos... Nesse contexto, para muitos somos os que temos; se não temos, não somos.

A não percepção de entrelinhas é um privilégio contemporâneo? Se Jesus tivesse optado por transformar as pedras do deserto em pães, Ele teria sido crucificado ou a humanidade teria seguido os passos d’Ele? Ela temeria o momento em que o Filho de Deus porventura a privasse de comer e por isso seria obediente, regida pelo milagre, pelo mistério e pela autoridade? Ou chegaria o momento em que as pessoas se cansariam de ter apenas o pão? É incontestável que o sustento garante êxito: o homem inclina-se diante de quem o dá, porque é coisa incontestada...
O Papai Noel trás presentes no Natal, o Coelhinho da Páscoa ovos de chocolate e você, caso não presenteie seu filho em uma data comercialmente festiva, estará faltando com amor a ele? Os presentes regem as suas relações familiares? Seu filho o valoriza pelo que você representa para ele ou unicamente pelo que você proporciona a ele? Pois Jesus apresentou-se a nós de mãos vazias, fazendo uso de uma liberdade compreendida por poucos e vivenciada por um número ainda menor de pessoas.

Como Ele nos disse: “Nem só de pão viverá o homem”! "(...) o segredo da existência humana consiste, não somente em viver, mas também em encontrar um motivo para viver.” (Fiodor Dostoievski; O grande inquisidor; p.9)”.
Pastoral do mês de abril

Voltando ao blog

Olá irmãos!

Primeiro quero pedir desculpas por não ter atualizado o blog e nem respondido aos comentários durante esses meses, pois ocorreram alguns problemas.

Para recuperar o tempo parado, vou postar as pastorais escritas pelos jovens da Segunda Igreja Presbiteriana para o culto da juventude.

Os cultos têm sido uma benção na vida de todos, portanto, na oportunidade, divulgaremos aqui nosso trabalho em prol do Reino de Deus!

Convido a todos para o próximo culto que será dia 20 de setembro. Assim que fecharmos os detalhes posto aqui para vocês.

Deus abençoe!

Vanessa Trotta

segunda-feira, 9 de março de 2009

Meninas Más


Por Sandro Amadeu Cerveira

Convenhamos, ler genealogias é uma das coisas mais enfadonhas quando se tenta fazer uma leitura sistemática da Bíblia. Que coisa chata aquele enfileirado de nomes entremeados por "gerou". Além de tudo tem um "machismo" brabo ali. São os homens que geram!!! Como assim?

Ocorre que às vezes na tentativa de não deixar pra trás nenhum capítulo nos propomos a enfrentar o enfado e ler inclusive as genealogias. Em Mateus (livro que agora estamos estudando em nossa classe de jovens da Segunda Igreja) nos deparamos com a genealogia de Jesus, que segue esse modelo de genealogia centrada nos homens. Entretanto, como com Jesus sempre surge a possibilidade de quebras de protocolos, eis que temos uma novidade. Entre tantos homens que geram seus filhos sozinhos (!!!) eis que aqui e ali aparecem nomes femininos. Tamar, Raabe, Rute, Bateseba e finalmente Maria. Quem eram essas mulheres e o que fizeram para merecer tanto destaque?

Uma delas, Tamar, engravidou do próprio sogro (Gênesis 38) a outra Raabe foi prostituta (Josué 2) Rute, era estrangeira e seu povo ocupava no imaginário judeu um lugar parecido ao dos argentinos para o brasileiro, e ainda tem Bateseba, que deveria ser uma "linda mulher" e que não titubeou em "ficar" com o Rei Davi enquanto o marido lutava fielmente pela pátria judaica sendo que nem judeu ele era. Só no fim da grande lista encontramos uma mulher "de boa fama", uma mulher tão correta que nossos irmãos católicos a chamam de Imaculada.

Confesso que, com todo o respeito que tenho por Maria, desta feita me chamaram mais à atenção as mulheres que, embora idealizadas depois, não eram exatamente exemplares. Qual a razão para encontrarmos esses e não outros nomes destacados na genealogia de Jesus, o Cristo? Fico pensando que talvez a resposta não esteja na tentativa comum de mostrar o quanto essas mulheres mudaram depois. Nós evangélicos adoramos enfatizar nossos pecados pré-conversão. Todos queremos ser o "pior dos pecadores." Vai entender.

Voltando as mulheres, de fato não sabemos muito sobre elas depois de "convertidas". O que me tocou nessa leitura foi pensar exatamente no fato de que os antepassados de Jesus, os heróis e as heroínas das Escrituras não são perfeitos. Nem antes, nem depois. São humanas, capazes do mal, como nós. São muitas vezes maus exemplos para sua sociedade, como nós. São, muitas vezes, julgados, condenados e discriminados por uma única característica, por um único defeito; assim como nós. Tomam decisões erradas, pecaminosas e por vezes maldosas. O que salta aos olhos, e isso se aplica a Maria (imagina enfrentar o risco de ser mãe solteira na época?), é que elas não aceitaram passivamente os destinos previsíveis de sua condição oprimida. Dentro e extrapolando os limites de seu tempo tiveram coragem de escolher diferente e mudar sua própria história.
Tamar garantiu seu lugar no clã de Judá dando um "drible" no sogro que insistia em negar seu direito a um novo casamento. Raabe salvou seus pais e ainda constituiu uma nova família a partir de um arriscado gesto de solidariedade com os estrangeiros. Rute escolheu ser leal a uma velha sogra abandonando sua família e povo e recomeçando do zero em terras estrangeiras. Bateseba provavelmente viveu o resto dos seus dias carregando a culpa da morte do primeiro marido e de seu primeiro filho com Davi mas administrou as conseqüências de seu erro e por fim conseguiu que seu filho, ninguém menos do que o grande rei Salomão, herdasse o trono de Davi.

Construíram entre erros e acertos sua própria história e contribuíram assim com a própria história da salvação. Já se disse que o ser humano está condenado a liberdade. Ser cristão não nos livra dessa "condenação" mas coloca as coisas numa outra perspectiva, pois afinal "onde abundou o pecado, superabundou a graça".

Meus parabéns a todas as mulheres que não aceitando a condição de vitimas ousam construir alternativas não apenas para si mas para todos nós seus filhos, pais, maridos e amigos.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

ENAJOP 2009



Olá pessoal!

Este ano, no feriado de primeiro de maio, teremos o privilégio de realizar o Enajop aqui em Minas. Contamos com a participação e apoio de todos vocês para o nosso encontro ser uma benção!

Em breve, postarei mais informações sobre o Enajop.

Enajop 2009
Data: 01, 02, 03 de maio
Local: Casa de Retiro Crescer (Contagem/MG)

Inscrições:
R$99,90 (antecipadas)
R$ 110,00 (na hora)

Contato:
31 8842-7978

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Segunda Igreja Presbiteriana comemora 58 anos de história e tradição




A Segunda Igreja comemorou no final de semana, 14 e 15 de fevereiro, seu aniversário de 58 anos. A celebração especial para a data teve a presença do médico e pastor da Igreja Presbiteriana Unida de Salvador - BA, Adalto Magalhães. No sábado, a programação contou com a palestra “Crescendo com a Família: Relação entre Pais e Filhos na Juventude”, ministrada pelo reverendo Adalto, que também engajou o momento cultural com poesias de Castro Alves e da cultura nordestina. O final da noite foi marcado pelo momento de confraternização entre convidados e membros da igreja. No domingo, a escola dominical e o culto também refletiram temas especiais trazidos pelo convidado, como “A Natureza e Missão da Igreja” e “As Marcas da Igreja”.

A mensagem que o reverendo trouxe para a Segunda Igreja é continuar a atuar como o corpo de Cristo, pensando, sentindo e agindo assim como Jesus. O pastor também destacou os principais desafios da igreja ao enxergar o próximo numa visão periférica sem focar os acidentes da personalidade, ou seja, considerar que a igreja é o corpo e se faltar um membro, ela não estará completa. Não importa se esse membro seja de outra raça, sexo, rico ou pobre, pois todos somos diferentes, mas todos somos pessoas à imagem e semelhança de Deus. “Tenham sempre a visão voltada para o que Deus fez, faz e promete fazer através da igreja e neste lugar, isso é ter as marcas da Igreja Cristã”, concluiu Adalto.

A Segunda Igreja Presbiteriana foi fundada em 1951 e teve como o primeiro líder o Reverendo Francisco Penha Alves. Atualmente, ela conta com 203 membros registrados. O pastor emérito da Segunda, Márcio Moreira, lembra que ao caminhar mais de meio século houve avanços e houve recuos, mas a caminhada continua pela graça e misericórdia de Deus. “O desejo é que permaneçamos cada vez mais fiéis à vocação que o Senhor da Igreja, Jesus Cristo, nos confiou. Avante sempre!”, exaltou.

Relação entre Pais e Filhos

Para falar da relação entre pais e filhos na juventude, o reverendo Adalto baseou-se no versículo do livro de Malaquias, 4:6a, “Ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos aos pais”. Segundo o pregador, Deus se revela através das famílias. A família é centro de tudo, principalmente, é o meio em que os valores são introjetados ainda na criança e onde elas aprendem a ter comunhão e afeto. Ao educar os filhos, os pais devem priorizar alguns princípios. Primeiro, a pessoalidade, pois o filho é único e deve ter sua privacidade e individualidade respeitadas. Em segundo lugar, vem a afetividade. Mesmo quando os pais disciplinam os filhos tem de ser por afeto. Os pais devem desaprovar aquilo que o filho faz de errado, isto é, suas atitudes, e não desaprovar o filho como indivíduo. Por último, está a flexibilidade, pois as mudanças ocorrem rapidamente e o desafio é introduzir os valores bíblicos contextualizados na forma atual.