terça-feira, 20 de julho de 2010

A Ética Cristã, o Moralismo e o Amor


Por Pablo Ribeiro

Ao sugerir que se falasse sobre ética e vida cristã nós, jovens, pensamos a priori em uma conotação onde se colocasse num paralelo a ética e a moral, avaliando aquilo que tange a vida do cristão, definindo-o como tal e como emergem questões referentes à coerência entre discurso e ação. Quantos cristãos, especialmente nós, protestantes, já foram cobrados por condutas que tornaram-se caricaturas do crente, em virtude de um discurso simplista da moral que elenca os perfis dos “verdadeiros cristãos”? Eis um lugar onde nos deparamos com um limiar que distingue a moral do moralismo, afinal, a moral diz respeito à uma conduta essencialmente própria do indivíduo, enquanto o moralismo irá tratar da conduta do outro. A relação entre moral e ética, já deu pano pra manga, mas como se dá esta dimensão quando a moral é substituída pelo moralismo?

A ética parte de um pressuposto maior, englobando a sociedade de forma totalitária. Uma conduta pautada na ética deve ser boa para a sociedade em geral e não para alguém especificamente. Podemos citar, assim, vários dilemas onde se contrapõem moral e ética, como, por exemplo, um pai que presencia um crime cometido pelo seu filho. Este pai tem o compromisso ético de zelar pelo bem estar social, cumprindo com normas estabelecidas que o conduziriam a uma ação onde precisaria denunciar seu filho. No entanto sua moral, que é revestida por uma sustentação lógica e coerente, lhe diz que como pai, ele tem a obrigação de proteger o seu filho. Os dilemas éticos, grandes ou pequenos, são hoje os principais responsáveis pelos cristãos se tornarem cada vez mais moralistas. Aliás, não os dilemas, mas uma certa dificuldade em lidar com eles, o que acaba resultando em um certo radicalismo que tende a uma demarcação de território para determinados grupos cristãos, acaba por ocorrer uma padronização do comportamento daquele que deseja se filiar e, conseqüentemente, acaba implicando numa vigilância por parte de lideranças que acabam por cair na prática do dito moralismo.

Mas e a nossa comunidade? Onde entra nesta história? Jesus Cristo acolheu àqueles a quem todos julgavam à margem da moral, desde a prostituta ao chefe dos cobradores de impostos, bem como esteve neste mesmo lugar ao assumir, tantas vezes, atitudes de subversão. Sendo assim, em primeira instância, a Ética Cristã já se contrapõe ao moralismo. Talvez esta consciência seja a maior das virtudes de nossa comunidade, que possui tantas outras. No entanto, é seguro que sejamos zelosos para que o moralismo não se instale em nossas mentes e corações de forma velada e, assim, julguemos ao irmão quando este precisa acima de tudo do nosso amor. Afinal, pressuponho que, para Cristo, por tantas evidências, a fundamentação da ética, que constitui um bem estar para todas as instâncias da sociedade, se baseia exclusivamente no amor.

Pastoral do mês de junho

domingo, 16 de maio de 2010

HOJE EM DIA A “MINHA ORAÇÃO É BEM CURTA PRO SANTO NÃO ENTEDIAR (...)”


Por Rachel Vidal

Quando eu era criança “dia de santo importante” era o fim da picada! Na televisão só passava aquela multidão carregando o dito cujo... O dia inteiro era aquela barulhada de foguetes somada à frenética latição do Bidu, sem falar na gritaria que todo mundo lá de casa arrumava exigindo silêncio do pobre Basset. Recordo-me que o sentimento de tédio e a vontade de berrar “que povo bobo!” acometiam-me, afinal, eu havia aprendido na Classe Dominical da Segundona que não devemos adorar a ídolos. E isso para mim era uma lei infringível, uma regra básica de Deus. “Como as pessoas grandes poderiam desconhecer isso e arrumar toda aquela papagaiada mostrada pela televisão? Deus não vai ficar bravo com esse pessoal não?” (pensamentos assim caracterizam a minha irritação).

Hoje penso um pouco diferente... Você já refletiu sobre o trabalho que dá ser pelo menos “simpatizante” de algum santo? Primeiramente, o indivíduo tem que se inteirar da história do santo, saber se ele é padroeiro de causas específicas ou profissões, se é invocado contra doenças específicas ou catástrofes, etc. Depois de adquirir a imagem (seja uma fotografia, um desenho ou uma estatueta), velas são acesas e orações decoradas, periodicamente expressas como manifestação de fé, de honra e respeito. E é claro que tem a longa caminhada, faça chuva ou faça sol, no dia de comemoração do santo (procissão), com direito a foguetório e muito mais.

E agora cá estou eu refletindo sobre as minhas manifestações de fé ao longo da estradinha da vida: elas são frequentes? Exigem algum sacrifício? Jejum? Retiro espiritual? Algum dia eu me dei ao trabalho de decorar alguma oração ou salmo bíblico? Quantas vezes na vida eu ajoelhei para orar? Quantas vezes já fui dormir tendo passado o dia todo sem fazer nem meia oração? Por que essa minha “cômoda sazonalidade” é mais bem vista por Deus que todo o metódico processo realizado por um devoto a um santo? Quem foi que disse que Deus não dá ouvidos às rezas feitas aos santos, que Ele não se manifesta na vida das pessoas por elas simplesmente terem encontrado “intermediários” em suas conversas com Ele, em suas manifestações de aflições, desejos e frustrações? Isto sim é estranho: achar que detemos a verdade sendo que as nossas crenças podem estar cheinhas de equívocos, pois nada mais são do que um mero ponto de vista, uma possibilidade de interpretação bíblica.

Muitas pessoas dizem ser ecumênicas sem nem mesmo saber o significado correto deste termo. A frase “eu sou ecumênico, porque respeito outras religiões” é bem comum por aí. Porém, ecumenismo é só isso? Respeito ao próximo não é uma obrigação de qualquer cristão?

Ecumenismo é bem mais que respeito. Significa respeitar a outra pessoa em sua diferente expressão de fé, crer que Deus nos fez um em Jesus Cristo, entender que devemos buscar nos ensinamentos bíblicos o fortalecimento para nossas ações conjuntas e não motivos de discórdia. Para que o ecumenismo esteja em nós é preciso praticá-lo, é necessário amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. O ecumenismo nos ensina que é possível sermos um, mesmo sendo diferentes. É claro que existem diferenças significativas, mas que podem ser superadas pelo amor que nos une.

Desejo reflexões a todos nós, cristãos. Que possamos rever o modo como internalizamos as diferenças existentes entre católicos romanos, luteranos, anglicanos, presbiterianos, ortodoxos e outras denominações irmãs. Sejam as nossas orações decoradas, lidas ou espontâneas, que elas tenham sempre como foco a intimidade com Deus, pois Ele é a única fonte de segurança de qualquer indivíduo, dada a nata insegurança da vida. Que nós, cristãos, saibamos manifestar ações de amor, respeito e comunhão, não apenas durante a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (SOUC), mas em nossas práticas pessoais diárias.

Fundamentada no discernimento de que Deus conhece todas as nossas intenções, planos e desejos, que apenas Ele age na vida de todos nós, que Ele habita em nós, sou sim admiradora do breve e doce recado transmitido pelo verso: “Minha oração é bem curta pro santo não entediar” (Ana Carolina, Mombaça e Antônio Villeroy).
Pastoral de maio

domingo, 9 de maio de 2010

Seio materno

Seio materno

Por Ricardo Bastos

Dia das mães não deveria ter dia único. Concordam?
Deveríamos celebrar todos os dias sem nunca deixar
que a doce suave melodia da música termine.

Cantaríamos incansavelmente “parabéns pra você” por ser compreensiva e amorosa.
Sopraríamos milhares de velinhas, mas não permitiríamos que as chamas se apaguem.

Diríamos que seu sorriso põe nossas vidas mais coloridas.
Que elas são as rosas perfumadas no jardim de nossa infância.
Que a vida sem elas é como um abismo profundo.
Que a distância é como as dores de parto.

Que viver sem o seu instinto materno é como desaprender sua inteligência.
Que os seus diálogos são como os campos verdejantes em dias ensolarados.

É como viajar num livro infantil sem se preocupar com o fim das estórias.
Por que sabemos que elas são os conteúdos necessários
e nós os complementos de sua bagagem.

As mães são anjos do amor, princesas de todas as manhãs.
Lindas como o arco-iris no céu junto ao esplendor de suas cores.

Elas são nossos guias educacionais.
As estrelas que brilham, o sol que nos aquece e a lua que embala os sonhadores.

E ainda, mães que atravessam mares, oceanos e rios,
só para estarem ao lado de seus filhos.

Mãe, a eterna palavra que jamais se desfaz.

Por tudo isso, eu lhe peço Senhor, que cuide, proteja e abençõe
todas as mães deste mundo, pois são as perfeições de Tua criação.

Permita Deus que minha mãe seja sempre criativa
pois sem isso como despertaria seus dons?

Louvado seja esta mulher chamada mãe!
Que Deus abençõe este ser divino e eterno.

Uma homenagem do nosso querido irmão Rick a todas as mãe da Segunda Igreja
Presbiteriana Unida de Belo Horizonte.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Deus não se cala no deserto

Por Vitor Gomes Batista

O deserto é um cenário marcante na história do povo de Deus. Ao sair do cativeiro no Egito, os israelitas, liderados por Moisés, vagaram durante 40 anos em busca da terra prometida. Eles poderiam ter percorrido o trajeto, mesmo a pé, em alguns dias. Se considerarmos o exemplo dos israelitas, percebemos que eles se sentiam perdidos, pois ficavam amargurados com a demora e dificuldades, alguns até cogitavam em voltar para a terra da escravidão, embora estivessem sendo guiados por Deus. Diante desse fato, sempre tentamos entender quais motivos teria o Senhor (mesmo sendo uma ousadia nossa) para permitir que seu povo ficasse tanto tempo à espera da promessa.

Mesmo diante de todo o clamor e murmuração daquele povo, Deus nunca desamparou seus escolhidos. Quando de dia o sol era escaldante, uma nuvem oferecia sombra, quando à noite o frio era intenso, uma coluna de fogo iluminava e aquecia, quando havia fome, desciam codornizes e o maná do céu. Dessa forma, Ele cuidava de seu povo.

A murmuração dos israelitas começou logo após a travessia do mar vermelho, pois estavam com sede e o único lugar que havia água, era um tipo de oásis, chamado Mara, de águas amargas. O povo reclamou, Moisés intercedeu perante o Criador, e as águas se tornaram doces. O mais interessante neste episódio é o fato de, recentemente, um documentário produzido pelo Discovery Chanel apontar que, na verdade, as águas de Mara eram também medicinais, pois curavam algumas verminoses contraídas pelos hebreus ao tomar a água barrenta do Nilo. Mais uma vez é a demonstração de Deus tratando de seus filhos.

Enquanto o povo murmurava, não percebia o quanto Deus agia e tratava de suas mazelas e de suas necessidades físicas. O deserto está tão presente na vida de cada cristão, sendo maior exemplo o de Jesus. Depois de ser batizado, ele foi conduzido ao deserto, pelo Espírito, e lá foi tentado durante 40 dias por satanás. Deus permitiu a tentação do Filho do Homem. A Bíblia diz que Deus não tenta ninguém, mas permite acontecer. Na oração do Pai Nosso, Cristo nos ensina a rogarmos para não cairmos em tentação.

Embora na vida espiritual do crente o deserto seja um período muito difícil, ele deve ser encarado como uma experiência positiva no relacionamento com Deus. Quando atravessamos o deserto, seja por motivos de luto, de doença na família, de desemprego, de dificuldades financeiras, de depressão, de injustiça, de desânimo e de tantos outros, parece que Deus está calado diante dos nossos sofrimentos. Não sabemos o tempo de duração, nossa ansiedade intrínseca à característica humana quer ver tudo acabado, tudo resolvido. Algumas vezes, temos vontade de desistir e murmuramos igual ao povo de Israel. Nesse momento, em que a solidão de cada um bate à porta, com certeza Ele está nos curando, nos fortalecendo e nos tornando íntimos da Sua presença. Basta ter fé e entender que, após todas as passagens pelos desertos da vida, as dificuldades não irão acabar, mas com certeza estaremos mais fortes para enfrentá-las, porque assim é a vontade de Deus. Enfim, o deserto é um momento de tratamento espiritual e maior intimidade com o Criador.

Pastoral do mês de abril


segunda-feira, 5 de abril de 2010

A fama e o sucesso


A fama e o sucesso
Por Ricardo Bastos (o nosso Rick)

A FAMA sempre rodeada pelo SUCESSO um dia cansou de toda correria
com os compromissos de sua agenda.

- Chega!!! Basta!!! Não aguento mais essa vida agitada.
Quero mais é saber de tranquilidade.

- Não tenho tempo para organizar minhas coisas pessoais.
- Não posso nem me divertir um pouco que seja.

- Vou agora mesmo abandonar essa carreira e ocupar-me de algo mais relaxante.
Enquanto a FAMA esbravejava em nervos, HUMILDADE que estava bem próximo de FAMA,
quis entrar em seu desabafo. Então HUMILDADE aproximou-se de FAMA e perguntou:

- O que faz a FAMA num lugar como esse que nem SUCESSO tem.
- FAMA, agora, porém, mais calma, contou o dilema:

- Ser FAMA não é fácil.

Quando tudo parece estar bem, vem o SUCESSO e sobe a cabeça da FAMA.
Começamos a ficar esnobes e a mídia nos persegue inventando um monte de comentários inexistentes.

- Só sei que não nasci para este tipo de vida e quero mudar já para um estilo mais sossegado.
- Que feliz coincidência!!! Estou aqui justamente para ajudar no seu problema.

- É mesmo. Mas como pode me ajudar.
- Quem é você afinal? Algum conselheiro?
- Não, nada disso.

Eu sou a HUMILDADE, aquela que nunca deve permitir que o SUCESSO se torne um esnobe.
- Sei. E o que pretende fazer comigo?
- Ora, ensinar a controlar a humildade no momento exato.

- Antes deverá ter que cortar de seu dicionário como dinheiro, fortuna e priorizar frases como:

FAMA não é apenas riquezas, devemos priorizar a HUMILDADE também,
pois mais adiante cometerá divergências que afetarão o rumo de sua vida.

FAMA silenciou por alguns minutos e se pôs a pensar:
- Está bem.

A partir de hoje tentarei buscar a HUMILDADE em minha vida.
Darei a mim uma chance de mudar meu pensamento.

Mas com uma condição:

Se abandonares um dia este compromisso, deixarei a FAMA e o SUCESSO
presos em uma outra dimensão que jamais possam ser alcançados novamente.

Sendo assim, foi estabelecido o acordo.
HUMILDADE passou a fazer parte da vida de FAMA, que por sua vez
não deixou que o SUCESSO tornasse o seu aliado.

Pensamos nisto: Sem a HUMILDADE não somos capazes
de exercer nenhum tipo de assistência ao próximo.

quinta-feira, 25 de março de 2010

SEGUNDA IGREJA CELEBRA PÁSCOA ANUNCIANDO O AMOR DE DEUS

A Segunda Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte preparou uma programação especial para a celebração da Páscoa de Nosso Senhor Jesus Cristo. Na quinta-feira da Semana Santa, 1º de abril, às 19h20, será o culto temático de Lava Pés, com a instituição da Santa Ceia. No domingo de Páscoa, 4 de abril, às 10h15, o Coral Innay Martins apresentará a cantata Maior Amor, de John W. Peterson. Todos os membros, junto com seus familiares, e amigos da Segunda Igreja estão convidados para celebrar esta data tão significativa para os cristãos.

O Coral Innay Martins iniciou os ensaios no princípio do ano para apresentar a cantata de Páscoa, Maior Amor. Ela mostra de forma clara e especial, o grande e genuíno amor de Deus para conosco. O musical foi elaborado pelo compositor americano John W. Peterson em 1958 e traduzido para o português em 1977. Como uma obra histórica, a cantata ainda encanta pela simplicidade, espontaneidade e beleza. Não há maior amor do que aquele que Deus revelou no Calvário. Na cantata, várias vezes esse tema é repetido. O autor também continua sendo um dos mais populares compositores de música sacra.

Conforme explica a maestrina do Coral, Marilene Silveira Fernandes, a obra interpretada pelo Innay Martins pretende mais do que mostrar a crucificação. “Este musical celebra a vida: a de Cristo, que venceu a morte. Esperamos que você, ao assistir, encontre mais que belas canções, mais que belos arranjos, que você encontre Jesus e o amor daquele que vive eternamente. Desejamos que este MAIOR AMOR alcance a sua vida e a de sua família nesta Páscoa”, afirmou.
Cantata

Cantata é uma forma de composição musical vocal, com obras para solistas e coro, com acompanhamento instrumental, lembrando um oratório em miniatura. Ela pode ser de inspiração religiosa ou profana, contém normalmente mais de um movimento e cujo texto, pode ser historiado, descrevendo um fato dramático qualquer, e pode ser lírico, descrevendo uma situação psicológica. É o gênero mais importante da música de câmara vocal do período barroco e o principal elemento musical do culto luterano. Magnífico exemplo são as cantatas de Bach. Durante o Classicismo e o Romantismo, foi pouco explorada, retornando no século XX.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Saudade doce saudade


Este poema foi escrito pelo nosso amado irmão Rick. Abaixo seguem suas palavras:

Quando leio este poema me faz arrepiar de felicidade.
Motivo: Foi inspirado em uma amiga/irmã a qual estimo bastante.

Saudade doce saudade

Por Ricardo Bastos

Saudade da saudade que traz saudade da saudade,
a saudade de toda a saudade.

A saudade de sentir saudade, da saudade,
eu sinto a saudade, chega sem avisar.

Ah, como é bom sentir saudade.
Saudade, saudade, faz parte de mim.
Não me deixe com saudade de ti... saudade!

Saudade doce saudade!!!
Porque foi existir?

Agora, saudade, você é a saudade,
que me faz feliz, presente ou ausente.

Eu não esqueço de ti.
Aprendi com você, saudade!

Faça-me feliz, pois, saudade, sempre vou ter.
Saudade, saudade, onde vives agora?

Quero-lhe visitar, para a saudade não sufocar.
Saudade do amor, saudade de amar.

Aonde for, eu irei, mas me avise por favor,
quero antes te abraçar.

Vem saudade, vem calar, minha dor,
e o meu amor, da tua ausência que deixa,
meu coração chorar.

terça-feira, 16 de março de 2010

Mulher

MULHER
Por Michelle Maciel

Obra prima sonhada por Deus e especial,
Inspirada com a essência da meiguice e forte como leão,
Que trabalha muitas vezes nos bastidores e trata o próximo como seu igual,
Sem medo da indiferença ou da ingratidão.

Ser de extrema fé como a de Sarah
Que é firme como nas orações de Ana,
Pois tem certeza que o Senhor nunca desampara,
Aqueles por quem ora e ama.

Alma de fibra e encantadora,
Assemelhando-se muitas vezes ao coração grato como de Maria,
Sabendo ser submissa a Deus e ajudadora,
E que sabe tirar da tristeza até mesmo o som da alegria.

Virtuosas por natureza
Que com sabedoria têm lutado,
Munidas de força e delicadeza
Aliadas ao amor de Deus, o mundo têm transformado.
Pastoral do mês de março

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Grupo de Louvor Bebel Silva

Olá irmãos e irmãs!

Graça e paz!

Esta é uma apresentação do grupo de louvor Bebel Silva, da Segunda Igreja Presbiteriana. Mais um trabalho dos jovens de nossa igreja e de nossa querida Bebel (pianista emérita).

Música: Galhos Secos
Grupo:
Alexandre Diniz - violão e guitarra
Leonardo Maciel - contra-baixo
Maria Isabel Silva - piano e teclado
Pablo Ribeiro - bateria
Raíssa Brasil - vocal
Vitor Batista- vocal e violão

">

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Novas lentes para a vaidade


Por Pablo F. Bastos Ribeiro

Para muitos a vaidade significa cuidado com a aparência ou uma visão superlativa de si mesmo, e de fato não estão equivocados aqueles que pensam assim. Porém, a primeira definição que encontramos em alguns dicionários, como o Houaiss, por exemplo, não conceitua o termo deste mesmo modo. A primeira definição para vaidade exposta em Houaiss é “qualidade do que é vão, vazio, firmado sobre aparência ilusória”. Com estas novas lentes gostaria de sugerir reflexões sobre algumas questões.

A princípio, proponho pensar em nós mesmos sem sermos vaidosos para não nos iludirmos com nossas formas de compensação: quão frequentemente somos tomados por sentimentos que não têm qualquer fundamentação coerente e, a partir deles, agimos de forma enérgica por demais? Recordemos quantas vezes agimos precipitadamente em nossos meios (casa, trabalho, faculdade, igreja) por nos basearmos em situações ou fatos que estão além do nosso campo de entendimento - ideias muitas vezes apresentadas a nós por terceiros que desejam apenas fomentar apoio, mas que são compreendidas por nós de modo distorcido. Este é um momento em que nos firmamos em argumentos vazios de sentido para flutuarmos sobre uma plataforma de vaidade que nos propicia a sensação do poder de sermos detentores da razão.

E quanto a nossa fé? Está escrito “vou castigar a maldade do mundo inteiro, os crimes dos ímpios; porei um fim ao orgulho dos soberbos e rebaixarei a vaidade dos prepotentes”(Isaías 13:11). Este é um versículo que nos deixa numa situação bastante delicada, pois quantas vezes somos prepotentes, orgulhosos e, inclusive, maus em nome de nossa fé? Quantos de nós acabamos por subjugar pessoas, normalmente aquelas que não são adeptas às mesmas crenças que compartilhamos, às nossas “leis”? Sim, isto é vaidade não por uma avaliação lisonjeira de nós mesmos, mas pelo esvaziamento de sentido, pois não nos cabe submeter ninguém aos nossos dogmas e crenças. Nossa fé deve ser pura e transparente para nós mesmos, devemos ser exemplo e não inquisidores. Como diz um amigo meu: “a palavra convence, mas o exemplo arrasta”. Penso ser deste modo que devemos nos colocar se quisermos convencer alguém de algo. Antes de tudo, devemos ser o exemplo vivo do que acreditamos e para isso temos que preencher a nossa alma de fundamentos sólidos, pois é assim que conseguiremos, também, enxergar o outro além do que nos aparenta.

Passemos, então, para a questão maior que é a unidade da Igreja. Para nos fortalecermos como comunidade de fé, precisamos nos preencher com ideais, com princípios e acima de tudo é necessário uma fundamentação para estes. Quando se trata do coletivo não podemos nos ater às nossas particularidades e crenças, devemos buscar nos irmãos os pontos de interseção entre nós e a partir deles solidificarmos nossas relações internas. Deste modo, crescermos como cristãos a partir de reflexões e discussões respeitosas e enriquecedoras. Não devemos nos deixar levar pelos sinais mais nítidos da vaidade, aqueles que mais se aproximam do senso comum, que é a supervalorização de nós mesmos, pois neles sentimo-nos fortes demais e, assim, perdemos a sensibilidade necessária para saber quando precisamos nos fortalecer. Cumpre atentarmos para o fato de serem, entretanto, muitas as fraquezas do homem, mas é no momento em que nos sentimos extremamente fortes que cometemos os nossos maiores erros.
Pastoral de janeiro /2010

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

PENSE NO HAITI, ORE PELO HAITI!


Olá irmãos e irmãs!
Graça e paz!
Nós, jovens da Segunda Igreja, convidamos todos a se envolverem na campanha “Pense no Haiti, Ore pelo Haiti.” O nome faz referência à música de Gil e Caetano e foi escolhida por representar bem o espírito desta mobilização. A campanha é composta por três dimensões interligadas. Reflexão, Oração e Ação.

REFLEXÃO - entendemos que é necessário buscar conhecer melhor esse país, bem como as causas de seus recorrentes sofrimentos. A fim de evitar explicações espiritualizantes simplistas e até cruéis é preciso conhecer melhor a história, a política, a geografia bem como a espiritualidade haitiana. Este será o espaço de debates, matérias e artigos que nos ajudem a pensar de forma ampla essa questão.

ORAÇÃO - queremos colocar diante dos céus não apenas a tragédia natural emergente, mas todo o conjunto de sofrimentos e suas causas, muitas delas históricas e estruturais. Contamos com o apoio do Ministério de Oração da Igreja e também convidamos cada cristão a colocar-se diante de Deus para interceder pelo povo do Haiti.

AÇÃO – como nos lembra o apóstolo Tiago, não basta dizermos ao que tem fome “vai em paz que o Senhor te abençoe”. A fome, o frio e as dores do corpo se curam com comida, cobertores e atendimento médico. Queremos arrecadar e repassar a Cruz Vermelha o máximo de doações possível e por isso convidamos todos a abrir seus corações, armários e bolsos para que possamos ajudar a minimizar o sofrimento do povo haitiano. Alimentos não perecíveis, roupas e calçados são as doções prioritárias que serão encaminhadas aos necessitados no Haiti.

Venha caminhar conosco e coloque seus dons e recursos a favor do Reino de Deus!
Terremoto
Sobe para 14 o número de militares mortos por tremor no Haiti, diz Exército
Em nota, Exército confirma ainda que quatro estão desaparecidos.

O número de militares mortos no Haiti subiu para 14, segundo o Comando do Exército. Um tremor de magnitude 7 devastou a capital, Porto Príncipe, na terça-feira (12). O Brasil comanda uma missão de paz da Organização das Nações Unidas no país. Outra morte confirmada é a da fundadora da Pastoral da Criança, a médica Zilda Arns.

As informações sobre vítimas e danos ainda são desencontradas, e o tremor afetou a estrutura de telecomunicações do país.