terça-feira, 25 de agosto de 2009

EVOLUÇÃO DE AMOR


Por Lucas Chamon
Estamos experimentando efetivamente a definição da evolução da humanidade. Todos os dias somos bombardeados com notícias de que um novo celular aqui ou um novo computador ali foram desenvolvidos com novas funções e novos aparatos cuja finalidade é facilitar nossas vidas. E realmente o fazem! Semana passada, foi apresentado ao mundo um robô enfermeiro com sensores em toda sua constituição que o permite desempenhar funções básicas no cuidado de um enfermo, com vistas ao pleno aprimoramento das qualidades. Outro dia vimos um robô que aprende a fazer cálculos. Enfim, são tantas novidades que eu me pergunto frequentemente: quem vai saber ligar a televisão daqui a dez anos?
De fato, aqui reside a ideia principal da capacidade evolutiva do ser humano: se por um lado o homem dispõe de possibilidades ilimitadas de criar conceitos, por outro lado, o próprio homem não se percebe tão acolhedor das novas idéias. No último século, a humanidade observou uma evolução, tanto do ponto de vista científico, quanto ideológico, como jamais havia sido observada. O tempo corre com aceleração exponencial para o mundo em detrimento de nossa capacidade de assimilação. Para se ter uma idéia, os cientistas têm trabalhado com teorias fundamentadas em um universo de onze dimensões, o que nos leva a um nível de abstração que nem eles próprios conseguem estabelecer.
Além disso, todas as evoluções são dadas de maneira sequencial, ou seja, é primordial que os paradigmas sejam derrubados um após o outro, e para isso é necessário que eles sejam percebidos. Os paradigmas, vulgo retrancus evolutae, estão estampados nos nossos questionamentos acerca das coisas, quando nos perguntamos por que isso ou aquilo tem que ser desse ou daquele modo.
Nós, como Igreja de Cristo (grande destruidor de paradigmas, diga-se de passagem), devemos, sobretudo, estar atentos. Primeiramente, devemos aprender a assimilar as boas mudanças que ocorrem em nosso meio. Devemos nos apegar aos velhos conceitos que em nada contribuem para a difusão do nome de Jesus para o mundo, ou que de nenhuma forma expressam a capacidade social da Igreja para com o próximo. Urge no nosso meio uma revolução que sabemos há muito tempo, necessária: uma revolução nos nossos corações convertida na expressão do amor que, mesmo que intimamente sentimos pelo próximo. Calvino iniciou essa revolução ao nos definir como seres unidos por um mesmo corpo em fraterno amor.
Não sejamos coniventes com o estabelecimento do desrespeito à vida. Pelo contrário, sejamos desenvolvedores de idéias como Cristo e revolucionários como o jovem Calvino, os quais se demonstraram durante toda luta inconformados perante as injustiças do mundo e que fizeram dos seus caminhos uma dispersão completa e definitiva do amor de Deus.
Pastoral do mês de julho

Nenhum comentário: