segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Novas lentes para a vaidade


Por Pablo F. Bastos Ribeiro

Para muitos a vaidade significa cuidado com a aparência ou uma visão superlativa de si mesmo, e de fato não estão equivocados aqueles que pensam assim. Porém, a primeira definição que encontramos em alguns dicionários, como o Houaiss, por exemplo, não conceitua o termo deste mesmo modo. A primeira definição para vaidade exposta em Houaiss é “qualidade do que é vão, vazio, firmado sobre aparência ilusória”. Com estas novas lentes gostaria de sugerir reflexões sobre algumas questões.

A princípio, proponho pensar em nós mesmos sem sermos vaidosos para não nos iludirmos com nossas formas de compensação: quão frequentemente somos tomados por sentimentos que não têm qualquer fundamentação coerente e, a partir deles, agimos de forma enérgica por demais? Recordemos quantas vezes agimos precipitadamente em nossos meios (casa, trabalho, faculdade, igreja) por nos basearmos em situações ou fatos que estão além do nosso campo de entendimento - ideias muitas vezes apresentadas a nós por terceiros que desejam apenas fomentar apoio, mas que são compreendidas por nós de modo distorcido. Este é um momento em que nos firmamos em argumentos vazios de sentido para flutuarmos sobre uma plataforma de vaidade que nos propicia a sensação do poder de sermos detentores da razão.

E quanto a nossa fé? Está escrito “vou castigar a maldade do mundo inteiro, os crimes dos ímpios; porei um fim ao orgulho dos soberbos e rebaixarei a vaidade dos prepotentes”(Isaías 13:11). Este é um versículo que nos deixa numa situação bastante delicada, pois quantas vezes somos prepotentes, orgulhosos e, inclusive, maus em nome de nossa fé? Quantos de nós acabamos por subjugar pessoas, normalmente aquelas que não são adeptas às mesmas crenças que compartilhamos, às nossas “leis”? Sim, isto é vaidade não por uma avaliação lisonjeira de nós mesmos, mas pelo esvaziamento de sentido, pois não nos cabe submeter ninguém aos nossos dogmas e crenças. Nossa fé deve ser pura e transparente para nós mesmos, devemos ser exemplo e não inquisidores. Como diz um amigo meu: “a palavra convence, mas o exemplo arrasta”. Penso ser deste modo que devemos nos colocar se quisermos convencer alguém de algo. Antes de tudo, devemos ser o exemplo vivo do que acreditamos e para isso temos que preencher a nossa alma de fundamentos sólidos, pois é assim que conseguiremos, também, enxergar o outro além do que nos aparenta.

Passemos, então, para a questão maior que é a unidade da Igreja. Para nos fortalecermos como comunidade de fé, precisamos nos preencher com ideais, com princípios e acima de tudo é necessário uma fundamentação para estes. Quando se trata do coletivo não podemos nos ater às nossas particularidades e crenças, devemos buscar nos irmãos os pontos de interseção entre nós e a partir deles solidificarmos nossas relações internas. Deste modo, crescermos como cristãos a partir de reflexões e discussões respeitosas e enriquecedoras. Não devemos nos deixar levar pelos sinais mais nítidos da vaidade, aqueles que mais se aproximam do senso comum, que é a supervalorização de nós mesmos, pois neles sentimo-nos fortes demais e, assim, perdemos a sensibilidade necessária para saber quando precisamos nos fortalecer. Cumpre atentarmos para o fato de serem, entretanto, muitas as fraquezas do homem, mas é no momento em que nos sentimos extremamente fortes que cometemos os nossos maiores erros.
Pastoral de janeiro /2010

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

PENSE NO HAITI, ORE PELO HAITI!


Olá irmãos e irmãs!
Graça e paz!
Nós, jovens da Segunda Igreja, convidamos todos a se envolverem na campanha “Pense no Haiti, Ore pelo Haiti.” O nome faz referência à música de Gil e Caetano e foi escolhida por representar bem o espírito desta mobilização. A campanha é composta por três dimensões interligadas. Reflexão, Oração e Ação.

REFLEXÃO - entendemos que é necessário buscar conhecer melhor esse país, bem como as causas de seus recorrentes sofrimentos. A fim de evitar explicações espiritualizantes simplistas e até cruéis é preciso conhecer melhor a história, a política, a geografia bem como a espiritualidade haitiana. Este será o espaço de debates, matérias e artigos que nos ajudem a pensar de forma ampla essa questão.

ORAÇÃO - queremos colocar diante dos céus não apenas a tragédia natural emergente, mas todo o conjunto de sofrimentos e suas causas, muitas delas históricas e estruturais. Contamos com o apoio do Ministério de Oração da Igreja e também convidamos cada cristão a colocar-se diante de Deus para interceder pelo povo do Haiti.

AÇÃO – como nos lembra o apóstolo Tiago, não basta dizermos ao que tem fome “vai em paz que o Senhor te abençoe”. A fome, o frio e as dores do corpo se curam com comida, cobertores e atendimento médico. Queremos arrecadar e repassar a Cruz Vermelha o máximo de doações possível e por isso convidamos todos a abrir seus corações, armários e bolsos para que possamos ajudar a minimizar o sofrimento do povo haitiano. Alimentos não perecíveis, roupas e calçados são as doções prioritárias que serão encaminhadas aos necessitados no Haiti.

Venha caminhar conosco e coloque seus dons e recursos a favor do Reino de Deus!
Terremoto
Sobe para 14 o número de militares mortos por tremor no Haiti, diz Exército
Em nota, Exército confirma ainda que quatro estão desaparecidos.

O número de militares mortos no Haiti subiu para 14, segundo o Comando do Exército. Um tremor de magnitude 7 devastou a capital, Porto Príncipe, na terça-feira (12). O Brasil comanda uma missão de paz da Organização das Nações Unidas no país. Outra morte confirmada é a da fundadora da Pastoral da Criança, a médica Zilda Arns.

As informações sobre vítimas e danos ainda são desencontradas, e o tremor afetou a estrutura de telecomunicações do país.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Culto dos Jovens - Dezembro

Olá irmãos e irmãs!


Graça e paz!


O último culto dos jovens da Segunda Igreja Presbiteriana neste ano será no próximo domingo, dia 20, às 10h15.

O tema é "Perdão" e o pregador convidado é o Pastor Márcio Moreira.


Venha celebrar conosco e agradecer as bençãos concedidas em 2009!


segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A arte de esperar


Por Caroline Kerbidi

Esperança
A arte de esperar
Esperar um amor que está distante,
Um bom presente numa data importante,
Esperar um carinho cedo de manhã,
Por um beijo roubado num primeiro encontro,
Esperar por uma nota boa na escola,
Um aumento de salário,
Esperar as tão merecidas férias,
Esperar por uma bebida quente num dia frio,
Por uma ligação de alguém que temos saudades,
Na nossa vida imperfeita,
Cheias de altos e baixos que a rotina nos oferece
Deus nos presenteou com um amanhã incerto
Uma folha de papel em branco
Cheia de oportunidades
E isso nos permite esperar
Esperar que o melhor que Deus reservou pra nós ainda está por vir
E que poderemos desenhar a felicidade nessa folha branca
Felicidade que vem das coisas mais simples do dia a dia
Felicidade que se traduz
Através de um amor mais puro e verdadeiro de um Pai
Um pai que sacrificou a vida de seu filho unigênito
Para que aprendamos a ser pacientes
Para que tenhamos esperança
A arte de esperar por um amanhã melhor

terça-feira, 24 de novembro de 2009

TU ÉS A VIDA!



Por Hênio Santos de Almeida
Teólogo e aspirante a pastor

A maior parte das pessoas que me solicitam ajuda desconhece que seu verdadeiro problema consiste, basicamente, em que aprenderam a “desviver”. É incrível como passamos pelo tempo sem desfrutar nossa realidade, culpando aos demais pelas nossas amarguras e derrotas, atribuindo-nos todos os méritos do êxito que tanto aprendemos a desejar, e a sentir que não merecemos ser felizes. Outros soluçam todo o tempo, discutem eternamente, vão criando montanhas de problemas, ou, simplesmente, cometem a fatuidade de crer que a meta é fazer o que lhes “der na telha”. Enfim, ao longo de sua história o ser humano aprendeu emocionalmente a carregar com os erros alheios, as culpas alheias, os medos alheios, e, por sua vez, a transmitir aos que nos rodeiam as mesmas culpas, os mesmo medos que nos aterraram e paralisaram.
Sem nos darmos conta, por suposto, praticamente, desde o início aprendemos a sermos espectadores de nossa própria vida a qual contemplamos como algo fora e independente de nós. Esta é então a primeira contradição com a qual nos presenteamos de geração em geração: confundir a realidade com nossa própria, única e irrepetível vida.

Se você não concorda, trate de definir com alguém, inclusive com você mesmo, “o que é a vida”. Mas não se assuste quando de maneira jubilosa ou dessaborosa, como se fosse algo que pertence ao mundo externo. A vida é: “...um desastre”; “...um milagre”; “...uma felicidade”; “...uma desgraça”; “...um mistério”; “...um combate”; “...um lixo”, etc.

As respostas acima dão a impressão que eu estou aqui e a vida está lá, totalmente fora de mim, e que ela é, por sua vez, a responsável por tudo o que me acontece. Na realidade, se a vida é tudo o que existe fora e independente de mim, devo me perguntar: “onde fui parar?”. Simplesmente começamos a levantar um muro que não apenas nos isola, senão que também nos esmaga!
Então, a vida... O quê é?

Sim! Como diria Rousseau: “Sai de tua infância, amigo, desperta!”. E a esse despertar ao qual conclamo você, é que compreenda que A VIDA É VOCÊ! Sim, você mesmo que lê estas palavras! A vida é você com todas as inesgotáveis possibilidades de criar, amar e crescer que brindam as infinitas interações entre a realidade e sua vida.

Quando você sabe que você é a vida, não tenta levantar paredes que lhe escondem ou falsamente lhe protegem da realidade, pois percebe que realmente está fugindo de você mesmo. Quando aprende que você é a vida, se fazem inecessárias as corridas que desesperadamente empreende contra o relógio para alcançar o êxito, como a via de ser aceito porque conseguiu ser alguém. Ao se dar conta de que você é a vida, chega à sua essência de que realmente você vale pelo que é e não pelo que tem. Quando vivencia de todo o coração que a vida é você, o passado deixa de ser o fantasma que condiciona e agonia seu futuro.

Quando desfrutar de você como a vida desaparecerá seu medo da aproximação e da intimidade com outros, não terá do que esconder-se, sua transparência terminará com a ansiedade, que é a linguagem de seu corpo que não consegue silenciar.

Quando você reconhecer-se como a vida será capaz de se dar conta de que pode decidir diante de sua liberdade livremente, que esta é (e você a assume) como via de transformá-la e transformar-se para desenvolver-se como ser humano onde se encerra o amor de Deus.

Quando for plena a convicção de que você é a vida, a culpa não lhe afogará por sentir-se imperfeito, poderá entender e sentir que pode equivocar-se.

O paraíso e o inferno estão em você. O ser humano veio para desfrutar de sua existência nesta Terra, tem o direito de amar-se, de viver em paz, de criar e contribuir ao desenvolvimento da própria existência humana.

Ao conhecer o verdadeiro significado do que você é, poderá então perguntar-se: O que sou de verdade?

A tendência é responder: sou advogada, professora, motorista asmático, empresário, gay, um gatão. Sem dar-se conta, você intercambeia suas atividades laborais, seus diagnósticos médicos ou simplesmente sua orientação sexual com quem você é.

Na realidade você mesmo não se conhece interiormente, porém sim externamente vivencia o reflexo em seu espelho: domina sua forma mais não seu conteúdo. Proponho-lhe descobrir-se para:

1º. Fazer as pazes contigo mesmo. Assumir a realidade. Decidir livremente seu caminho. Ser o dono de sua auto-estima e controle. Transformar-se para transformar.

2º. Aprender a conhecer-se e conhecer aos demais. Assumir a diferença. Melhorar a comunicação e as relações interpessoais.

3º. Desfrutar sua vida. Investir menos tempo em renegar e criticar. Dedicar seu tempo a construir e amar. Encontrar um maior número de alternativas e soluções.

Assim procedendo existirão então infinitas motivações para ajudar aos demais.

“[...] Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.”
(Evangelho segundo João: 10,10b)
Pastoral do mês de novembro

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Culto dos Jovens - Novembro


Olá irmãos!
Graça e paz!
Todos estão convidados para o culto do jovens deste mês que será no próximo domingo, dia 22, às 10h15.
O tema é "Esperança" e o pregador convidado é o presbítero Alexandre Fernandes.
Venha participar conosco desse momento tão especial!

sábado, 24 de outubro de 2009

Segunda Igreja Presbiteriana prepara-se para eleição de novo pastor titular


A Segunda Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte poderá eleger no próximo dia 15 de novembro o pastor titular para o triênio de 2010 a 2012. O processo democrático terá chapa única. Mesmo assim é fundamental que o candidato tenha pelo menos 60% dos votos para ser eleito, pois dessa forma estará manifestado o interesse da comunidade em constituir, juntamente com o novo pastor, a Igreja. Neste domingo, 25 de outubro, a escola dominical e a pregação do culto serão realizadas pelo candidato, Reverendo Sandro Amadeu Cerveira, para apresentar suas ideias à comunidade. Portanto, a ocasião conferirá aos membros da Segunda Igreja uma oportunidade para que conheçam melhor a trajetória do candidato e tenham informações sobre seus projetos para a vida comunitária. É com a mesma finalidade que o grupo de jovens, do qual o reverendo Sandro é o professor da classe da Escola Dominical, preparou esta entrevista.

Formado pelo Instituto Bíblico Maranata (interior do Paraná) e ordenado pastor em 1990, Sandro Amadeu Cerveira, 40 anos, nasceu na cidade de São Sebastião do Caí, no Rio Grande do Sul. Ele é casado com Rosimeire Bragança Cerveira e é pai do Samuel, da Jéssica e do João Luis. Professor universitário, com cursos de graduação em Teologia e História, mestrado em Ciência Política (UFMG) e no momento encontra-se na fase final do seu doutorado em Ciência Política pela UFMG, após fazer uma estância de investigação Universidade de Salamanca – Espanha. A história desse gaúcho com as Minas Gerais começou quando ele veio para Belo Horizonte fazer um estágio, requisito fundamental para receber o diploma em teologia e ser ordenado pastor.

Ao chegar a Minas, Sandro morou na cidade de Santa Luzia, Região Metropolitana de Belo Horizonte, no bairro Cristina, onde cooperava com a primeira igreja batista do local. Depois, junto com mais três casais de missionários iniciou os trabalhos que deram origem à Igreja Batista Boas Novas, no bairro Floramar, em Belo Horizonte. Sua trajetória pastoral começa com a fundação dessa igreja, ligada, na época, ao Movimento Batista Regular. Ele e Rosimeire pastorearam a igreja por 12 anos ininterruptos com muitas lutas e lágrimas, mas também com muitas vitórias e alegrias. Quando pediu para ser licenciado do pastorado a comunidade estava consolidada com uma membresia atuante, templo próprio e uma escola de educação infantil funcionando durante a semana. Nesse tempo, ele também colaborou na criação da associação de igrejas da denominação a que estavam ligados.

Nascido e criado no Rio Grande do Sul, onde sua família ainda reside, assim como Luiz Fernando Veríssimo, ele não sabe montar a cavalo nem nunca usou bombachas, mas sabe preparar chimarrão e é colorado desde pequenino. Ele afirma que desde que chegou foi bem acolhido pelos mineiros e de fato já viveu mais em Minas do que em qualquer outro lugar, mesmo na própria terra natal.

Jovens: Como conheceu a Segunda Igreja?
Sandro: Essa é uma parte importante de minha vida, pois a Segunda Igreja representou de fato uma “segunda chance” quando passava por um momento de ruptura em minha trajetória. A igreja que eu pastoreava era ligada por laços históricos e fraternos ao Movimento Batista Regular. Este movimento tem no fundamentalismo uma das suas marcas identitárias distintivas; enquanto comunguei com esta maneira de ler as Escrituras e o mundo mantive-me leal ideológica e institucionalmente falando. Ao final de um longo período de reflexão e revisão, encontrei-me convicto de que não só deveria licenciar-me do pastorado, mas também era o momento de me afastar do movimento ao qual estivera ligado desde minha juventude. Quando me pergunto o porquê desta ruptura gosto de pensar que foi exatamente por levar a sério o que aprendi sobre a importância de uma leitura intelectualmente honesta e contextualizada da Bíblia que acabei percebendo as incongruências de qualquer fundamentalismo. Saí em paz com meus irmãos e meus colegas. Iniciou-se então um tempo de deserto. Durante quase um ano, não tive desejo de freqüentar qualquer igreja; as poucas tentativas que fiz, pensando nas crianças, apenas confirmavam minha convicção de que todas as igrejas evangélicas haviam reduzido as boas novas do evangelho a um amontoado de regrinhas e moralismos. Foi aí que me lembrei de um senhor que havia conhecido num encontro do MEP (Movimento Evangélico Progressista). Estive nesse encontro como pesquisador bolsista do Programa de História Oral da FAFICH/UFMG e ali conheci muita gente interessante. Este senhor, que se tornou um querido amigo, havia também me convidado para assistir a um encontro em sua igreja, “O Papo na Segunda”. Resolvi tentar mais uma vez e encontrei na Segunda Igreja minha caverna de Adulão. Durante um bom tempo, creio que mais de um ano, assentei-me e ouvi, fui acolhido, cuidado e fiz grandes amigos; sobretudo descobri que era possível uma igreja onde as pessoas podiam ser elas mesmas vivendo uma espiritualidade marcada pela graça de Deus.

Jovens: Sempre soube que queria ser pastor? Ou houve um chamado?
Sandro: Creio que o chamado veio muito cedo em minha vida espiritual. A experiência junto à “mocidade” da minha igreja foi fundamental para perceber as habilidades e o desejo de caminhar junto e ajudar outros irmãos na fé. Quando eu tinha 15 anos de idade e apenas uns dois anos de igreja evangélica, nosso pastor ofereceu um curso de “homilética” (disciplina que ensina a arte da pregação) e eu me matriculei apesar dele achar que fosse um tanto cedo. Com 18 anos, ao invés de ir para a faculdade (minha faculdade de história teria de esperar ainda 8 anos), eu fui para o Instituto Bíblico com a convicção de que Deus me chamara para o santo ministério. Mais tarde, percebi que me precipitara e trocara a ordem das coisas, mas os caminhos do Senhor não são necessariamente lineares e cartesianos e hoje tenho convicção de que o chamado a qualquer ministério faz parte daquilo que somos. Não precisamos ver uma “sarça ardendo” para saber que Deus nos capacitou para algum ministério, precisamos nos conhecer e o que precisa arder é a paixão por servir ao corpo de Cristo com as ferramentas com as quais Senhor nos capacitou.

Jovens: Sempre trabalhou com os jovens na Segunda Igreja?
Sandro: Como muitos sabem, no início fiquei no banco e isso foi muito importante. Foi um tempo de cura e de recuperação. Depois, lecionei na “Casa de Lázaro” uma classe deliciosa e inquietante. Quando o Rev. Mauro renunciou, participei, junto com Rev. Márcio e Éser, do Colegiado de pastores que serviu a igreja até a chegada do Rev. Jeremias. Foi no período deste colegiado que fui convidado pelos jovens e pela superintendente da Escola Dominical de então, Presb. Alzira, para assumir a classe dos jovens. O seminarista Murilo foi companheiro de mais de um ano e depois conduziu sozinho a classe durante o tempo que passei na Espanha em virtude do meu doutorado.

Jovens: Você ficou três anos orando para apresentar seu nome como candidato a pastor da Segunda Igreja, como foi esse processo?
Sandro:
Quando o período do colegiado de pastores terminou, eu entendi, por uma série de razões, que não deveria me candidatar ao pastorado titular da igreja. Sinceramente meu desejo “humano” era continuar quietinho cooperando dentro do possível, mas me senti profundamente e cada vez mais incomodado todas as vezes que refletia sobre isso. Orei aqui e longe daqui e finalmente tive paz para submeter meu nome à comunidade. Entendi que esse é o “kairós” (tempo oportuno) de Deus.

Jovens: Tem algum planejamento para possibilitar maior integração do presbitério Erasmo Braga?
Sandro:
Creio que devemos apoiar e cooperar o máximo possível nos esforços que vem sendo promovidos pelo Rev. Isaque neste sentido de integrar as igrejas associadas. As igrejas do PEB tem uma bonita história, mas temos mesmo essa dificuldade de integração, entre outras coisas pela própria distância geográfica, pois temos igrejas de Belo Horizonte até Ananindeua no Pará. Integrar o PEB pode ser uma excelente maneira de fortalecer não só as pequenas igrejas, mas também de criar possibilidade de abrir novos trabalhos.

Jovens: Quais são os seus projetos para a Segunda Igreja?
Sandro:
Essa é uma pergunta difícil, pois para ser específico gastaria muito tempo. Tenho uma série de ideias pululando na minha cabeça sobre o que podemos fazer a partir da nossa igreja, mas prefiro falar em termos mais gerais.

Em primeiro lugar, acredito que uma igreja só avança e cresce de forma sadia na medida em que cada parte (membros e ministérios) estiver devidamente integrada e atuante. Essa experiência não é desconhecida para nós, pois uma igreja não atravessa cinco décadas sem que seus membros estejam comprometidos. Temos uma série de ministérios funcionando muito bem e creio que devemos conhecê-los melhor, valorizar além de divulgar esses trabalhos. Muitas vezes, nosso olhar foca naquilo que não temos ou não fazemos, mas isso é tão fácil quanto desanimador. Sempre haverá faltas e lacunas; creio, porém, que precisamos focar no que está funcionando e além de dar o devido valor aprender com nossos próprios exemplos de sucesso.

Em segundo lugar, precisamos consolidar, investir e integrar esses ministérios de forma a potencializar seus esforços e resultados. Comentei por ocasião do encontro com o Conselho sobre a necessidade, por exemplo, de termos alguma forma de reunir todas as lideranças dos diferentes ministérios da igreja para pensarmos e planejarmos juntos ouvindo as diferentes vozes da comunidade.

Também acho que é importante criar novas estratégias e abrir novas portas para o trabalho de evangelização. Como disse, tenho algumas idéias, mas creio que existem muitas coisas novas que podemos fazer e que para tal só precisamos dar o primeiro passo.

Sobretudo, meu desejo é trabalhar de forma integrada com todas as lideranças da igreja, pois creio sinceramente que as ideias que dão certo são aquelas concebidas e encampadas coletivamente. Alguém já disse que quando caminhamos juntos podemos até ir mais devagar (é muito trabalhoso e difícil trabalhar em equipe), mas com certeza iremos mais longe e os resultados serão mais duradouros. Todos os membros da igreja são convocados pelo chamado do Senhor a descobrir e investir seus dons espirituais e “naturais” na obra de Deus.

Jovens: Quais ações para dar mais visibilidade à Segunda Igreja?
Sandro:
Esse é um tema importante que precisa ser discutido cuidadosamente. Penso que antes de tentar qualquer novidade, sobretudo, vindas de modelos pré-fabricados, precisamos como disse anteriormente, conhecer melhor e valorizar aquilo que nós já temos. Acredito sinceramente que muitas pessoas em BH gostariam de assistir a uma boa cantata de natal, a um culto animado por jovens dedicados, ouvir um grupo de música evangélica com tempero brasileiro, apoiar um centro que oferece atendimento psicológico gratuitamente, entre tantas coisas que já fazemos. O que precisamos é encontrar maneiras de falar com essas pessoas. Penso que devemos manter as estratégias que têm se mostrado bem sucedidas, como o trabalho individual dos membros de convidar amigos e parentes para trabalhos na igreja e também em suas próprias casas. Por outro lado, é importante aproveitar bem as novas tecnologias como a internet e mesmo os meios de comunicação de massa. Temos vários irmãos com dons, talentos e formação nessa área, minha idéia é desafiá-los a pensarmos essa área com ousadia.

Jovens: O que pensa sobre o culto dos jovens? Vai dar continuidade de reservar um domingo por mês aos jovens?
Sandro:
Creio que o “culto dos jovens” foi uma excelente ideia. Os jovens têm participado de forma séria e dedicada mostrando desejo de servir de coração ao Senhor. Acho que está claro pra todos nós que os jovens são capazes de atuar de forma autônoma e simultaneamente harmoniosa com o pastor, o conselho e a igreja de forma geral; isso pra mim é evidência de maturidade dos jovens e da própria comunidade. Não tenho dúvidas de que esta é uma atividade que deve ter continuidade.

Jovens: considera importante o crescimento do número de membros da igreja?
Sandro:
Considero o crescimento numérico da igreja muito importante. Não consigo entender quando uma comunidade despreza ou recusa esforços de evangelização e divulgação. Uma igreja “ensimesmada”, que não consegue vibrar com os anjos quando alguém se aproxima da comunidade cristã é uma igreja adoecida.
Por outro lado, dado os índices “estratosféricos” que algumas denominações apresentam, existe sobre as igrejas e pastores uma pressão no sentido de crescer a qualquer custo. Isto também não é sadio. No altar do crescimento numérico muitas vezes é a identidade da igreja que é sacrificada. Identidade é aquilo que nós somos, mas também aquilo que não somos; se sacrificamos isso para crescer, quando formos “grandes” já não seremos nós mesmos. Crescer mimetizando outros pode nos levar a ser uma cópia caricata e inacabada de alguma mega igreja e eu não consigo ver nisso uma benção.
Quando olho com calma as igrejas que cresceram de forma salutar o que eu vejo é muito trabalho e investimento. Envolvimento apaixonado da liderança e da comunidade aliado a investimentos sólidos e liberais.

Jovens: Quais os principais problemas enfrentados pelas igrejas protestantes hoje em dia?
Sandro:
Antes de falar dos problemas, creio que devo registrar que tenho uma visão otimista do protestantismo no Brasil. Minha visão positiva vem, sobretudo, quando comparo o Brasil com a América Latina e a Europa e mesmo aos EUA.
No Brasil, há expressivo número de pessoas se convertendo a Jesus todos os dias, mudando de vida, estruturando suas famílias e isso é bom. Embora as taxas mais exacerbadas de crescimento estejam entre os grupos chamados de neo-pentecostais, os demais evangélicos têm crescido também e isso não é pouca coisa.
Outro aspecto positivo, é que no Brasil o crescimento evangélico vem sendo acompanhado também de um fortalecimento do pluralismo religioso. O fortalecimento dos evangélicos, ainda que como um efeito não esperado, vem contribuindo para que sejamos um país mais plural e democrático. Isso é positivo na medida em que pluralismo (religioso no caso) sendo reconhecido como legítimo em geral aumenta as chances de ampliar os direitos de todos.

Por outro lado, embora o crescimento tenha muitos aspectos positivos, ele coloca também alguns desafios sérios relacionados à própria identidade protestante. Para os protestantes “históricos” ou de “missão”, como se convencionou chamar as igrejas que aqui chegaram por meio do esforço missionário de igrejas da Europa e dos EUA, como é o caso da Igreja Presbiteriana, parece que o dilema do momento é mesmo o fato de que enquanto os irmãos pentecostais (antigos e novos) crescem de forma acelerada os “históricos” apresentam percentuais bem mais modestos ou mesmo negativos. Alguns se preocupam que não crescendo possam até mesmo desaparecer e é fato de que grupos demasiadamente pequenos terão maiores dificuldades para se manter e agir em qualquer sentido. O que me preocupa é, como disse antes, que essa angústia leve a um esforço de simplesmente “copiar” o que vem sendo feito entre os grupos melhor sucedidos numericamente e venhamos assim a sacrificar elementos importantes de nossa identidade. Nunca me esquecerei do desespero que fiquei quando assisti a um culto ”neo-pentecostal” numa igreja histórica. Sinceramente não creio que esse seja o caminho.

A outra face da moeda é que como vivemos imersos numa mentalidade pragmática tendemos a concluir que não há diferença entre “aquilo que é certo” e “aquilo que dá certo”. Quem é bem sucedido tende a não parar para refletir sobre a legitimidade de seus métodos e pode ser tentado e recusar qualquer crítica ou controle sobre seu comportamento ético sob o pretexto de que está sendo abençoado por Deus logo não há o que discutir.

Há ainda outro efeito perverso do sucesso que quero destacar. Como todos os evangélicos estão indo relativamente bem nunca paramos para pensar sobre a necessidade de nos unirmos. Estive no X Congresso Evangélico Espanhol e fiquei impressionado com capacidade deles de se organizar de forma conjunta; mas lá os evangélicos não passam de 2% da população e a questão então é que ou nos unimos (respeitando as especificidades de cada denominação) ou ficamos ainda mais fracos. Foi bonito ver batistas, presbiterianos, ciganos da igreja Filadélfia, irmãos unidos todos celebrando e agindo em conjunto.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

O Filho do Oleiro



Por Hermann A. Rodrigues

“Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que colocaste em seus devidos lugares, que é o homem para que te lembres dele e o filho do homem para que com ele te importes?
Eu te louvarei porque de um modo tão admirável e maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, eu o sei muito bem. Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e esmeradamente tecido nas profundezas da terra. Os teus olhos viram a minha substância ainda informe e no teu livro foram escritos os dias, sim, todos os dias que foram ordenados para mim, quando ainda não havia nem um deles. Ó Senhor, meu Senhor, quão majestoso é o teu nome em toda a terra!”
Sl 8:3,4,9; 139:14,15,16

Um dia fui pó da terra e o vento revirava minha vida ao seu prazer.
Jogava-me para cima, para os lados, rodopiava-me e eu nada podia fazer.
Fui lançado tempestivamente, por aquele que tentava me consumir, no mais profundo abismo.
Um dia o Oleiro sondava sua casa e percebeu que sua obra, perfeita e laboriosa, não estava completa.
Faltava um vaso!
Então, o Oleiro virou-se e me viu ali; pó da terra lançado à sorte.
Tomou-me e me misturou à água do seu suor.
Virei barro!
Mansamente o Oleiro correu sobre mim suas suaves mãos e me deu forma e, encantado, pôs-me em destaque em sua casa.
Cuidava de mim continuamente.
Um dia eis que caí e me perdi do Oleiro.
Entristecido Ele partiu e fiquei só.
Quebrei-me e já não tinha o Oleiro para me consertar.
O vento cruel tomou-me de volta em seus rodopios.
Agora o vento era mais forte e não carregava o que outrora era pó.
Carregava os pedaços de um vaso muito amado pelo belo Oleiro.
Muito tempo se passou e o vento tornou a jogar-me num profundo abismo.
O Oleiro me procurou, mas não encontrou.
Ele não me via vaso e sim cacos.
Mas Ele não queria cacos...
Sobreveio que num determinado tempo o Filho do Oleiro, cansado de ver a tristeza do Pai por causa de um vaso amado, saiu a me procurar.
O Filho do Oleiro veio, me encontrou e me resgatou do meu fim.
O Filho do Oleiro percebeu que era necessário limpar, polir e colar os cacos, a fim de reconciliar o vaso com o Oleiro.
Era tarefa árdua!
Tão difícil que exigiu a vida do Filho do Oleiro.
O vaso, ainda imperfeito, lastimou-se!
Morrera quem lhe daria vida e lhe devolveria ao Pai.
Mas o vaso estava enganado.
O Filho do Oleiro não estava morto e sim vivo, cheio de glória e majestade!
E o Filho do Oleiro voltou e pegou o vaso. Limpou-me, poliu-me, colou-me os cacos e me fez novo vaso.
Resgatou minha vida.
Encheu-me de bênçãos.
Transbordou-me com a sua graça.
Deu-me vida nova.
Aplainou minhas arestas.
Moldou minha nova forma.
Pintou-me.
Salvou-me da morte.
Reconciliou-me com o Pai, que de tão feliz, pois sempre quisera o vaso lindo que Ele mesmo fizera, deu-me ao Filho, que hoje é Senhor e Salvador da minha vida.

“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé;
e isto não vem de vós, é dom de Deus.”
Ef 2: 4-8
Pastoral do mês de outubro

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Testemunho de vida

Olá irmãos!
Graça e paz!

Este testemunho foi escrito pela prima do nosso irmão Ricardo Bastos. Como foi direcionado para o culto dos jovens, não poderia deixar de postá-lo aqui. O tema de nosso culto culto foi "Graça" e essa família compartilhou conosco como foi abençoada pelo Senhor, após passar por imensas dificuldades.


Em 1995 nos mudamos para Campinas. Meu marido entrou de licença como pastor presbiteriano e iria trabalhar como taxista, a fim de prover o nosso sustento. Nossos filhos eram adolescentes e nós contávamos a idade entre 45 e 50 anos. No bom sentido, íamos começar tudo de novo tendo que arcar com despesas como pagar aluguel, plano de saúde, colégio para os filhos, etc... Não havia mais casa pastoral, bolsas de estudo para os filhos e outros benefícios que recebíamos no ministério pastoral. Era um desafio muito grande. Devido à crise da meia-idade meu marido solicitou licença ao Presbitério pelo prazo de 2 anos, a fim de colocar seu ministério com igrejas à prova. Depois de algum tempo, exercendo o ministério corpo a corpo, no dia-a-dia, com passageiros que adentravam o seu veículo, ele percebeu que o seu verdadeiro ministério era esse: taxista a serviço do Senhor. Hoje, depois de 15 anos de trabalho, ele pode testemunhar que Deus o usou para evitar suicídio, aborto e separação, além de tantos outros dramas que ajudou a contornar, oferecendo o livreto Cada Dia, orando com as pessoas e distribuindo versículos bíblicos escritos em pequenas fichas. Lágrimas, sentimentos de perda, frustração, enfermidades, ansiedade e desespero são alguns dos muitos "passageiros" que entravam no seu táxi todos os dias. Mas o Senhor tem dado a Ele palavras de conforto e esperança no Senhor Jesus para compartilhar com todos.

No entanto, essa foi só uma prévia do que realmente passamos com a nossa vinda para Campinas. Aguardávamos nossa mudança chegar, alojados num apartamento sem móveis e sem nenhum conforto, quando a notícia chegou de que o caminhão que trazia a mudança havia se acidentado e não havia sobrado praticamente nada. Todos os móveis e eletrodomésticos haviam se perdido. O caminhão do filho de um vizinho que contratamos para trazer a mudança (não havia seguro) traria somente alguns poucos bens como roupas, livros e utensílios que não haviam sido destruídos. Meu teclado e violão (pois eu lecionava) vieram em outro caminhão que não se acidentou e os documentos vieram conosco.

Quando recebemos a notícia do acidente e que não teríamos como montar nosso apartamento, um sentimento de gratidão invadiu o nosso coração em vez de revolta e desespero. Sabíamos que Deus estava no controle e havia permitido a perda dos bens materiais e não a perda de nossas vidas. Tínhamos chegado sãos e salvos uma semana antes.

Nosso filho quis se revoltar, mas eu pude dizer-lhe que Deus haveria de nos devolver mais do que havíamos perdido. Estávamos nas Mãos Dele e Ele é fiel e justo. Com trabalho árduo, ajuda da família e acima de tudo a direção do Senhor, pudemos recuperar materialmente, em alguns anos, tudo o que havia sido destruído. Sou grata aos familiares que prontamente nos socorreram e ao Colégio Batista de Campinas (hoje extinto) por ter concedido desconto e negociação nas mensalidades para nossos filhos. Mas, o que realmente nos torna gratos é que nossa vida espiritual e familiar tornou-se mais forte e pudemos continuar colocando em prática o que aprendemos na Palavra desde a nossa infância: "Tudo posso n' Aquele que me fortalece." Filipenses 4:13.

O Senhor fez um carinho especial para mim e para minha filha, pois quando soubemos do acidente, eu disse que a única peça que lamentava ter perdido era uma sopeira de cerâmica, presente oferecido pela minha melhor amiga do tempo de Colégio e minha filha lamentou ter perdido a sua televisãozinha preto e branco, o seu xodó. Qual não foi a nossa surpresa quando constatamos que a sopeira estava intacta e a televisão também. Uma sopeira de inox chegou toda retorcida e a televisão em cores estava entre os objetos destruídos.

Naquele ano, lembro-me que havia em algumas regiões do Brasil, muitos flagelados por causa das enchentes, em situação pior do que a nossa. Nós tínhamos um teto, família que nos ajudava e a certeza de que "não haveria prova maior do que poderíamos suportar e que Deus nos proveria livramento." 1ª Coríntios 10:13. Mas o Inimigo, sagaz e "como leão que ruge, procurando alguém para devorar" 1ª Pedro 5:8, não poderia deixar de nos tentar e colocar em dúvida a nossa fé e confiança no Senhor. Havia dias em que eu caminhava pelo centro da cidade, chorando e orando. Minhas lágrimas se misturavam com a chuva intensa, mas era o que eu podia fazer naqueles momentos de tentação, pois no apartamento havia somente colchonetes, uma mesinha de camping, um fogareiro e poucos utensílios. O que sobrou da mudança ainda não tinha chegado, e como meus filhos estavam na escola e meu marido trabalhando 12 horas por dia, eu me sentia muito só. Caminhar, ver pessoas, chorar e orar foi o conforto que o Senhor providenciou até que as coisas começassem a se resolver.

Hoje, 15 anos após tudo ter acontecido, materialmente e profissionalmente estamos bem. Mas muito melhores por podermos dizer que o Senhor é Deus, fiel e verdadeiro e que "Até aqui nos ajudou o Senhor!" 1º Samuel 7:12. Louvado seja o Seu Eterno Nome! Amém!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Culto dos Jovens - Outubro


Olá irmãos!

Graça e paz!

O próximo culto dos jovens será neste domingo, 18 de outubro, às 10h15. O tema será "Graça" e o pregador responsável nosso irmão Irfêo Vieira de Camargo.

Preparamos um culto especial para fazer a diferença em nossas vidas com a mensagem da graça divina e você é nosso convidado(a) especial!


“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé;
e isto não vem de vós, é dom de Deus.”
Ef 2: 4-8

Antes do culto teremos a escola dominical, às 9h. Estamos estudando o evangelho de Mateus.

Confira o calendário deste mês:

DIA:
04 - Cap. 22 – A parábola do Banquete de Casamento, A questão do imposto, A Ressurreição, o Maior mandamento. Responsável: Sandro
11 - Cap. 23 – Jesus condena a Hipocrisia dos Fariseus e Mestres da lei. Responsável: Alexis
18 - Cap. 24 – O Sinal dos tempos. Responsável: Vitor
25 - Cap. 25 – A parábola das dez virgens e dos talentos. Responsável: Samuel


Como sempre, será um prazer recebê-lo(a) em nossa igreja!

Deus abençoe!